Reatividade em equinos visualmente estimulados para a iniciação do movimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bogossian, Paulo Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-28012021-172157/
Resumo: O comportamento de reatividade, definido como a capacidade de executar um plano motor a partir de um estímulo sensorial, tem sido investigado em diversas espécies de animais vertebrados e invertebrados. Há evidências de que sofisticados mecanismos de transformação sensoriomotora elevem a eficiência dos comportamentos de fuga e alimentação. Hipotetizou-se que os equinos são capazes de um acoplamento percepção-ação para iniciar o movimento. O objetivo do presente estudo é investigar o efeito do estímulo visual de reatividade sobre a resposta motora envolvida com a iniciação do movimento em equinos. Sete animais saudáveis foram selecionados para um estudo crossover 2x2, após um período de adaptação ao exercício em esteira. A intervenção consistiu de uma estimulação visual por vídeo, contendo imagens de um equino em pleno movimento de trote; este vídeo foi projetado a frente do elemento experimental posicionado na esteira, e comparado a um estímulo controle. Os animais foram então amostrados durante um teste físico de carga constante, em três tempos consecutivos: T0 ou baseline; T1 ou aquecimento; T2 ou manipulação do estímulo visual. Amostras de sangue foram coletadas para a determinação bioquímica das concentrações plasmáticas de glicose e lactato; as medidas de frequência cardíaca, bem como alguns aspectos quantitativos e qualitativos do comportamento foram avaliados. Os dados quantitativos foram analisados por meio do modelo linear com efeitos mistos, e os resultados qualitativos pelo teste de Fisher a 5%. A analise estatística revelou que a frequência cardíaca do grupo Teste (122,60 ± 14,60 b.p.m.) foi maior do que a observada no grupo controle (77,20 ± 14,70 b.p.m.) (p< 0,05); os níveis plasmáticos de lactato foram em média 2.53 mg/dl maior quando os equinos foram expostos ao estímulo de reatividade, e o ângulo da cabeça também elevou-se significativamente. Houve significativa associação entre a manipulação do estímulo visual, e a posição das orelhas; o teste de Fisher revelou que a prevalência do comportamento “orelhas para frente” foi maior do grupo Teste (100% - 7/7) quando comparado ao controle (14% - 1/7). Os resultados sugerem que os equinos são capazes de perceber os desafios ambientais, modificar o ajuste biomecânico genérico, e elevar a atividade motora.