A comunicação interna na gestão da sustentabilidade: um estudo fenomenológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vilaça, Wilma Pereira Tinoco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-27082012-153936/
Resumo: Esta tese tem como objetivo investigar como as organizações, como instâncias produtoras de discursos e sentidos, têm utilizado a comunicação interna para engajar os funcionários em seu programa de sustentabilidade, de maneira a torná-los mais conscientes de que a manutenção das condições de vida no planeta depende, em larga medida, dessa tomada de consciência. Os novos contextos sociais e a inserção das organizações nesses contextos serviram como pano de fundo para essa investigação, que ainda utilizou uma extensa revisão bibliográfica, que fosse capaz de explicitar quais são as condições de produção e recepção dessa comunicação interna. Assim, a fundamentação teórica gira em torno das teorias das organizações, da comunicação organizacional no contexto das ciências sociais e da sustentabilidade. O estudo defende a tese de que as organizações ocupam lugar central na sociedade hodierna e servem de referência para as pessoas que nelas estão inseridas. Assim, uma comunicação interna estratégica seria aquela capaz de romper com o paradigma instrumental-funcionalista e se deslocar para uma comunicação mais dialógica, humana e interacional. Nesse sentido, metodologicamente, adotaram-se a fenomenologia e a análise do discurso como caminhos para a imersão em uma realidade concreta: a Fiat Automóveis. As técnicas qualitativas utilizadas para a pesquisa de campo foram as entrevistas em profundidade e os grupos de discussão e revelaram uma rica escavação dos sentidos construídos pelos funcionários da organização investigada. Os resultados apresentados colocam, discursivamente, a comunicação interna em um patamar estratégico, porém a conclusão a que se chega é que suas práticas ainda se mostram como presas ao atavismo informacional. A escavação fenomenológica aliada à revisão bibliográfica e à análise de conteúdo permitiu que a concepção da comunicação interna fosse reelaborada e, nesse processo, reconhece-se que, teoricamente, tudo já tenha sido dito. Mesmo, porém, que não inove em sua abordagem, essa concepção se configura como um desafio para as organizações que almejem, de fato, implementá-la.