Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Prota, Fernando Del Guerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-09032010-162738/
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Resumo: |
O presente trabalho estudou os laços afetivos entre pais psicóticos e seus filhos a partir da análise do discurso desses últimos. Interessou-nos apreender que significados os filhos dão aos modos de amar e se relacionar dos pais com eles, à problemática psíquica dos genitores, à percepção da transmissão subjetiva entre as gerações e quais as conseqüências em suas vidas. Foram entrevistados dez filhos de pacientes psicóticos atendidos no Ambulatório de Saúde Mental de Ribeirão Preto ou no Grupo de Pacientes Bipolares do Hospital Dia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP. As entrevistas foram semi-estruturadas, gravadas, transcritas e avaliadas pelo método de análise de conteúdo, tendo como marco teórico interpretativo a psicanálise lacaniana. Pôde-se verificar que no discurso dos filhos a significação dada aos genitores contém invariavelmente o que denominamos de \"marcas do excesso\": invasão, intransigência, rigidez, descontrole, agressividade e outras, significadas pelos entrevistados como um não reconhecimento de sua condição subjetiva e vivenciada com sentimentos de mágoa e ressentimento. Entretanto, verificamos que esta localização subjetiva dos pais não levou a um inchaço do imperativo superegoico nesses sujeitos. A significação \"doente mental\" esteve presente em todas as entrevistas, mas não se mostrou um bom mediador simbólico entre os sujeitos, ampliando suas ambivalências. Verificou-se, ainda, uma relação direta entre a preponderância da significação \"doente mental\" no discurso e a incapacidade do entrevistado de reconhecer uma transmissão subjetiva intergeracional. A partir destes dados questionamos as abordagens psicoeducacionais centradas na noção de doença mental, sendo necessária abordagem que valorize a intersubjetividade. |