Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Simone Araújo da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-14022020-165102/
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Resumo: |
As interfaces entre família e psicose se apresentam como temáticas crescentemente debatidas nos meios acadêmicos em decorrência da prática clínica nos serviços de saúde mental. O desencadeamento da crise psicótica na adolescência e início da vida adulta pode acarretar mudanças nos projetos de vida individual e grupal dos membros familiares. Por serem consideradas as principais responsáveis pelo cuidado, as mães relatam predominantemente os sentimentos de culpa e impotência, bem como as experiências de isolamento social e sobrecarga emocional. Nesse contexto, esta pesquisa se propôs a investigar as ressonâncias psíquicas em mães de adolescentes e jovens adultos psicóticos, com enfoque para a análise e descrição dos modos de reação simbólica e estratégias psíquicas maternas após o desencadeamento da psicose no filho adolescente ou adulto. Trata-se de um estudo exploratório e clínico-qualitativo com a realização de consultas aos prontuários, de entrevistas semiestruturadas e a aplicação das pranchas 1, 2, 3RH, 16 e 19 do Teste de Apercepção Temática. Participaram da pesquisa duas mães que relataram as suas histórias de vida, incluindo a relação delas com os seus filhos tidos como psicóticos, os quais encontram-se em acompanhamento em Centros de Atenção Psicossocial na cidade de Porto Velho, estado de Rondônia. Para a análise e interpretação dos casos, discutiu-se o material clínico proveniente das entrevistas e da técnica projetiva, segundo os aportes da teoria Psicanalítica. Os resultados ilustraram as histórias de vida permeadas pelo abandono materno e/ou paterno com repercussões psíquicas significativas para o modo de se constituírem como mulheres e mães. Questões como a sexualidade feminina, as identificações, o investimento e desejo na gravidez e a maternidade apareceram como emblemáticas na dinâmica subjetiva dessas mães. Somado a isto, os discursos maternos remeteram a perdas simbólicas e reais, contudo a permanência do filho idealizado dificulta a possibilidade de elaboração de um luto. Nesse sentido, como proposta de dispositivo clínico-institucional, pontua-se a necessidade de um trabalho terapêutico em que as palavras possíveis sobre um luto da relação mãe-filho possam emergir. Partindo dessas considerações, essa investigação se insere em uma das iniciativas que teve o objetivo de propiciar um espaço de escuta às mães de pacientes psicóticos e contribuir para o manejo clínico das equipes, uma questão desafiadora para a clínica em Saúde Mental |