Ostracodes das fases Rifte e Pós-Rifte das Bacias Jatobá, Tucano Norte e Araripe: taxonomia, bioestratigrafia e paleoecologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LIMA, Débora Soares de Almeida
Orientador(a): PIOVESAN, Enelise Katia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42318
Resumo: As bacias do Araripe, Jatobá e Tucano Norte representam bacias interiores localizadas na região Nordeste do Brasil que foram implantadas sobre terrenos cristalinos Pré-Cambrianos que constituem a Província Borborema. O empilhamento sedimentar destas bacias é subdividido nas sequências tectono-estratigráficas Sinéclise, Início de Rifte, Clímax de Rifte e Pós-Rifte. O arcabouço bioestratigráfico das bacias interiores do Nordeste do Brasil foi estabelecido a partir da identificação de sua ostracofauna, tendo, portanto, representantes da Classe Ostracoda como marcadores de seus andares locais. Com o intuito de refinar o conhecimento das fases rifte e pós-rifte a respeito da sistemática taxonômica, o arcabouço bioestratigráfico e realizar inferências a respeito dos paleoambientes em que esses ostracodes se encontravam inseridos, foram estudadas 109 amostras coletadas de 29 afloramentos, provenientes das formações Brejo Santo, Abaiara e Romualdo, na Bacia do Araripe, e formações Aliança, Candeias e Grupo Ilhas, nas bacias do Jatobá e Tucano Norte. Após preparação laboratorial destas amostras para a recuperação dos microfósseis calcários e triagem do material, foram identificadas 30 espécies, pertencentes aos gêneros não-marinhos Theriosynoecum, Cypridea, Paracypridea, Salvadoriella, Reconcavona, Rhinocypris, Darwinula, Alicenula e Pattersoncypris. Uma dessas é uma nova espécie, nomeada como Pattersoncypris minima Almeida-Lima & Piovesan sp. nov., recuperada nos depósitos da Formação Romualdo. Foi realizada uma emenda na diagnose e na descrição e de Theriosynoecum pricei (Pinto & Sanguinetti, 1958) e a revisão deste táxon, que representa um importante fóssil guia para a datação do Tithoniano (Jurássico Superior) nas bacias sedimentares interiores do nordeste do Brasil e demais bacias cronocorrelatas. A partir da classificação dos ostracodes foi possível identificar as biozonas RT-001 Andar Dom João (=Tithoniano), RT-002, RT-003 e RT-004 Andar Rio da Serra (=Berriasiano–Hauteriviano), RT-005 e RT-006 Andar Aratu (=Hauteriviano–Barremiano), RT-007 Andar Buracica (=Barremiano) e RT-011 Andar Alagoas (=Aptiano).