Efeito da suplementação de simbióticos no metabolismo lipídico e estresse oxidativo em modelos animais de esteatose hepática não alcoólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Andrade, Letícia Borges de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10082023-094359/
Resumo: A esteatose hepática não alcoólica está relacionada à uma das causas mais comuns de doenças hepáticas e morbidade. Sua incidência tem sido relacionada ao consumo excessivo de dietas ricas em carboidratos e gorduras, à obesidade e comorbidades relacionadas. Dessa forma há grande interesse na pesquisa pela modulação de dietas afim de promover a prevenção, atenuar o dano hepático, melhorar a função hepática e reduzir sua progressão. Neste trabalho foram utilizados 60 camundongos C57BL que foram divididos em 6 grupos: Grupo Controle (n=10) que recebeu dieta controle baseada na dieta AIN-93 para alimentação de roedores; Grupo controle + simbiótico A (n=10) que recebeu dieta controle baseada na AIN-93 e simbiótico; Grupo Controle + simbiótico B (n=10) que recebeu dieta controle baseada na AIN-93 e simbiótico com micronutrientes; Grupo Hiperlipídica + Frutose (n=10) que recebeu dieta hiperlipídica rica em frutose baseada na AIN-93; Grupo hiperlipídica / frutose + simbiótico A (n=10) que recebeu dieta hiperlipídica rica em frutose baseada na AIN-93 e simbiótico; Grupo hiperlipídica / frutose + simbiótico B (n=10) que recebeu dieta hiperlipídica rica em frutose baseada na AIN-93 e simbiótico com micronutrientes. Após 16 semanas experimentais os animais foram eutanasiados para coleta do sangue e tecidos para a realização das análises bioquímicas e histológicas. A oferta de uma dieta hiperlipídica rica em frutose ocasionou um maior ganho de peso no grupo HLF, enquanto o grupo CT e os grupos que receberam suplementação de simbióticos foram eficazes em retardar o ganho de peso. Quanto ao peso dos tecidos, não houve diferenças significativas em relação ao peso dos rins direito e esquerdo, tecido adiposo retroperitoneal e tecido intestinal. Em relação ao peso do tecido adiposo epididimal os grupos CT/B e HLF/A apresentaram aumento em comparação aos demais grupos. A quantificação de gordura hepática mostrou um maior acúmulo de gordura hepática no grupo HLF. Não houve diferenças quanto à dosagem de colesterol total. Em relação à glicemia, os grupos CT/A e CT/B apresentaram um maior índice glicêmico em comparação aos grupos que receberam dieta hiperlipídica. A peroxidação lipídica avaliada através do MDA hepático mostrou um aumento no grupo HLF/B em relação aos demais grupos. Em relação aos parâmetros antioxidantes, os grupos HLF/A e HLF/B apresentaram GSH elevado em comparação aos demais grupos. Para vitamina E, houve diferenças significativas entre os grupos HLF, HLF/A e HLF/B em relação aos grupos CT, CT/A, CT/B. Para as concentrações séricas de ALT não houve diferença entre os grupos. Sendo assim, a suplementação de simbióticos provocou diferentes impactos em diferentes mecanismos fisiológicos, se mostrando eficiente na prevenção de NAFLD e na diminuição do ganho de peso. Dessa forma, a suplementação combinada de simbiótico e nutrientes, parece ser uma alternativa para a prevenção e tratamento de esteatose hepática não alcoólica, em dietas ricas em gorduras e carboidratos.