Escore de risco para sangramento pós-operatório clinicamente relevante em cirurgia de revascularização miocárdica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barbosa, Rayra Pureza Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-20062023-140930/
Resumo: Racional: O sangramento cirúrgico é uma complicação comum no período pós-operatório em cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) e, quando significante, pode associar-se a desfechos clínicos adversos. Os estudos apresentam grande variabilidade quanto à definição de sangramento pós-operatório maior (clinicamente relevante), fatores de risco e prognóstico. Objetivos: Identificar preditores independentes para sangramento maior pós-RM e impacto em mortalidade precoce, e elaborar escore de risco local de fácil implementação institucional. Métodos: Coorte retrospectiva, banco de dados com inclusão prospectiva, em um hospital quaternário para manejo de doenças cardiovasculares. Incluímos pacientes submetidos à RM isolada entre 1999 e 2017, com 80% dos casos para derivação e 20% para validação do escore. Modelos de regressão logística construídos com OR e IC 95%. Definimos sangramento maior com volume de drenagem torácica total >2,0 L ou que indicou revisão de hemostasia. Resultados: Os preditores independentes para sangramento foram sexo masculino, idade elevada, menor índice de massa corpórea, disfunção renal prévia, antecedente de AVC, e tempo de anóxia (pinçamento aórtico) elevado. Pacientes com sangramento maior apresentaram risco elevado de óbito quando comparados com pacientes sem sangramento maior [20.9% vs. 4.2%, OR 5,84 (IC95% 4,01-8,49), p<0,001] no modelo ajustado para idade, sexo, hipertensão, AVC prévio, disfunção renal, doença arterial periférica, extensão da DAC e tempo de CEC. Conclusões: Os fatores de risco independentemente relacionados ao sangramento pós-operatório em RM incluíram variáveis pré- e intra-operatórias de relevância clínica, foram associados a maior mortalidade hospitalar, e os escores de sangramento discriminaram gradientes de 10-15 vezes entre o menor e o maior risco.