Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Luciano Cabral |
Orientador(a): |
Zago, Alcides José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/184884
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Resumo: |
Introdução Nos anos recentes, a estimulação artificial sincrônica dos ventrículos tem sido proposta como terapêutica adjuvante, na insuficiência cardíaca congestiva. Até o momento, não existem estudos que procurem reproduzir este potencial benefício hemodinâmico em pacientes com disfunção sistólica do ventrículo esquerdo, submetidos à revascularização miocárdica. Tal evidência poderia ampliar as OPÇÕ!3S de tratamento, e contribuir para a estabilização cardiocirculatória, em casos de' baixo débito cardíaco pós-operatório. Objetivo Avaliar o efeito hemodinâmico imediato da estimulação biventricular (EBV), em pacientes com disfunção ventricular esquerda, no pós-operatório de revascularização miocárdica, comparando-o ao observado com a estimulação ventricular direita (EVD). Métodos Em um ensaio clínico não randomizado, cruzado, foram estudados 13 pacientes com doença coronária multiarterial, e fração de ejeção do ventrículo esquerdo inferior a 50%, submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com circulação extra-corpórea, no Hospital São Lucas da PUCRS. No modelo de estimulação cardíaca artificial, dois eletrodos epimiocárdicos temporários foram implantados, um na superfície anterior da via de saída do ventrículo direito e outro na porção média da face póstero-lateral 9 do ventrículo esquerdo, e conectados a um gerador de pulso bicameral, com intervalo de condução de 10 milissegundos (ms), amplitude de 3 volts e em freqüência de 1 O bpm superior à sinusal. As variáveis estudadas foram duração do complexo QRS, por eletrocardiograma de 12 derivações, diâmetro do átrio esquerdo, diâmetro sistólico final do ventrículo esquerdo, diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo, fração de encurtamento percentual do ventrículo esquerdo, e fração de ejeção do ventrículo esquerdo, pelo ecocardiograma em modo M. As medidas foram realizadas no 5° dia de pós-operatório, em 3 diferentes situações: em ritmo sinusal, em EVD e com EBV, de forma a que cada paciente fosse seu próprio controle. Os resultados dos 2 grupos submetidos à estimulação artificial foram comparados através do teste de t de Student para amostras pareadas, considerando-se, em todas as análises, significativo o valor de p < 0,05. Resultados A duração do complexo QRS foi significativamente menor (p < 0,001) com a EBV (média 126 ms), em comparação à EVD (média 185 ms). Houve significativa redução do diâmetro do átrio esquerdo (p < 0,001) na EBV (média 35 mm), em comparação à EVD (média 40 mm). O diâmetro sistólico final do ventrículo esquerdo foi significativamente menor (p < 0,001) na EBV (média 42 mm), em relação à EVD (média 49 mm). O diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo foi significativamente menor (p < 0,001) com a EBV (média 52 mm), em comparação à EVD (média 59 mm). A fração de encurtamento do ventrículo esquerdo foi significativamente maior (p = 0,017) durante a EBV (média 22%), em relação à EVD (média 18%). Houve aumento significativo (p < 0,001) da fração de ejeção do ventrículo esquerdo com a EBV (média 46%), em comparação à EVD (média 33%). Conclusão No modelo estudado, a estimulação artificial biventricular determinou significativa melhora da performance hemodinâmica, em comparação à estimulação ventricular direita, e um complexo QRS com duração próxima à fisiológica. |