Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Maia, Adnaldo da Silveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-11072023-150741/
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Resumo: |
A pandemia por COVID-19 produziu uma série de complicações ao redor do mundo. Nos pacientes com doença arterial coronariana, submetidos previamente à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), tal impacto foi semelhante. Desta forma, os objetivos do presente trabalho foram avaliar o impacto na qualidade de vida da infecção por COVID-19 no pós-operatório de CRM bem como presença de sintomas, internações e complicações cardiovasculares e cerebrovasculares. Foram incluídos pacientes submetidos à CRM sem procedimentos associados, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), entre julho de 2016 e julho de 2017, inscritos no banco de dados Centro de Documentação e Registro Cirúrgico (CEDREC). O estudo foi observacional, transversal e prospectivo. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: Grupo A (Covid-19) e Grupo B (Não Covid), para análise das variáveis. Para a definição de diagnóstico da infecção por COVID-19, foram utilizadas as definições da Organização Mundial de Saúde de casos prováveis e confirmados. A qualidade de vida foi avaliada por meio do questionário Quality of Life in Cardiovascular Surgery (QLCS), aplicado 4 anos após a cirurgia. O desfecho primário foi melhora da qualidade de vida em 4 anos após a CRM isolada. Como desfechos secundários, considerou-se mortalidade por qualquer causa, novo infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, internação para tratamento de infecção por COVID-19 e necessidade de intubação orotraqueal. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A amostra total foi constituída de 434 pacientes submetidos à CRM isolada no período de julho de 2016 a julho de 2017, agregados os dados de seguimento de 30 dias, 6 meses, 12 meses e 4 anos. A média de idade foi de 63 anos, com prevalência do sexo masculino (71%). Dentre os pacientes acompanhados no seguimento de 4 anos (115), dados da realização de teste de COVID foram obtidos de 71 pacientes. Dentre estes, 11 (15%) apresentaram resultado negativo e 60 (85%) resultado positivo. Após as comparações múltiplas houve diferença estatística na qualidade de vida em todos os períodos (P<0,001). Entre os pacientes com e sem COVID-19 (71), diferença estatística foi observada entre 1 e 4 anos (P=0,0039). Conclui-se que pacientes submetidos à CRM e histórico de infecção por COVID-19 apresentaram piora da qualidade de vida na avaliação após 4 anos de pós-operatório. |