Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Loureiro, Walter Refkalefsky |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-24042024-162944/
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Resumo: |
A doença de Jorge Lobo é uma micose profunda que se apresenta localizada sobretudo nos membros inferiores, de evolução crônica e êxito terapêutico muito limitado. Em virtude da cronicidade da doença de Jorge Lobo, com permanência do fungo no tecido por longo período, é de suma importância a ativação do sistema imunológico do hospedeiro e, apesar de alguns trabalhos já terem descrito o padrão de resposta imune local, pouco se sabe sobre a participação e o possível papel da interação de citocinas e fatores de crescimento na sua patogenia. Realizou-se a quantificação de 8 citocinas e fatores de crescimento nas lesões cutâneas da doença de Jorge Lobo utilizando a marcação imuno-histoquímica, comparando-as com o grupo controle. Foram também analisadas as características clínico-demográficas dos pacientes investigados. Dos 16 pacientes portadores de Doença de Jorge Lobo analisados, 81,25% eram do gênero masculino, 81,25% tinham a faixa etária entre 40 e 60 anos e a localização das lesões em 43,75 % dos casos era nos membros inferiores, 25% na orelha, sendo todos os pacientes paraenses. Foi nítido e estatisticamente significativo o predomínio da expressão dos marcadores FGF, TGF- e NGF caracterizando um perfil antinflamatório que contribui para a evasão imune e sobrevivência do fungo mesmo dentro de um ambiente pró-inflamatório caracterizado pela maior imunomarcação de TNF-, IL-1 , IL-1 , EGF e PDGF quando comparados ao grupo controle. Este ambiente inflamatório é ineficaz na destruição do fungo, porém suficiente para remodelar a matriz extracelular de maneira crônica gerando as alterações clínicas e histopatológicas características da doença. Este trabalho coloca mais uma peça na elucidação da fisiopatogenia da lacaziose, bem como direciona para novas perspectivas terapêuticas com medicamentos imunobiológicos e de biologia sintética. Mais estudos são necessários para elucidar outros fatores que participem na evasão imune do fungo, bem como correlacionar os subtipos clínicos com seus perfis imunológicos de citocinas e fatores de crescimento |