Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
UNGER, Deborah Aben-Athar
 |
Orientador(a): |
BRITO, Arival Cardoso de
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
|
Departamento: |
Núcleo de Medicina Tropical
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9202
|
Resumo: |
A Doença de Jorge Lobo (DJL) é uma micose crônica causada pelo fungo Lacazia loboi, descrita em vários países da América do Sul, sendo que na Amazônia brasileira é se que se concentra o maior número de casos. A apresentação clínica mais comum é a de lesão queloidiana, localizada principalmente nos membros inferiores em homens que exercem atividade agrícola. O fungo pode ser identificado pelo exame micológico direto e anatomopatológico. O principal objetivo deste trabalho foi investigar o possível papel das células de Langerhans (CL) na patogênese da doença, em amostras de tecido de lesões cutâneas, usando técnica imuno-histoquímica. Foram selecionados trinta e três prontuários com os respectivos blocos parafinados das biópsias de pele de pacientes com DJL, (grupo 1 ) registrados no serviço de dermatologia da Universidade Federal do Pará no período de 1955 a 2005. O grupo controle foi composto de 10 blocos parafinados de pele sem doença dermatológica (grupo 2 ) e 42 blocos de portadores de paracoccidioidomicose(PCM) (grupo 3). Na análise dos prontuários dos pacientes, foram coletados dados em relação à idade, sexo, procedência, profissão, localização e tipo clínico das lesões . As células de Langerhans foram identificadas por imuno-histoquímica utilizando anticorpo anti-CD1a (Serotec). Os pacientes eram em sua maioria homens (84, 8%), lavradores (72, 7%) com faixa etária entre 46-65 anos, com predominância de lesões queloidianas (81, 8%), nos membros inferiores (45, 5%). O número de células positivas foi analisada estatisticamente. As CL foram visualizadas ao longo da epiderme em todas as biópsias da DJL. A morfologia e o número de células, não diferiram em relação à pele normal (p>0, 05), e encontravam-se aumentadas quando comparadas com as de portadores de PCM (p<0, 05). As células de Langerhans estavam presentes nas lesões cutâneas da DJL e na pele sem doença dermatológica de maneira similar, não sofrendo alterações numéricas ou morfológicas, diferentemente do que ocorreu na PCM. Estes resultados sugerem que na DJL os fungos provavelmente apresentam algum mecanismo escapatório, que os livram da apresentação de antígenos pelas células de Langerhans. |