Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bertolo, Mayara Arina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-05092024-125234/
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Resumo: |
Alguns fatores contribuem para o consumo de álcool dos jovens universitários, como a chegada da maioridade, mudança de ambiente, novas experiências, convívio com pessoas da mesma faixa etária, oferta de festas e encontros de amigos, os quais podem estar diretamente relacionados ao consumo exacerbado de álcool. Nesse sentido, são inúmeros os motivos para justificar a característica das bebidas alcoólicas de socializadora das interações sociais, porém o abuso do álcool é um grande problema de saúde pública, pois está atrelado a riscos e prejuízos individuais e sociais interferindo em diferentes aspectos da vida dos jovens. Ademais, o consumo de álcool pelos estudantes universitários tem ocorrido cada vez mais cedo e a prática do beber pesado episódico (BPE) se tornou um comportamento comum, contribuindo para uma série de consequências para a saúde, maior vulnerabilidade para sintomas de depressão e consequentemente uma redução na qualidade de vida desse público. Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar a prevalência do consumo de álcool no padrão BPE e sua relação com índices de depressão e qualidade de vida entre os universitários. Trata-se de um estudo transversal e descritivo de cunho quantitativo, realizado com 1.382 estudantes universitários de uma instituição de ensino superior privada da cidade de São José do Rio Preto, Brasil, interior do estado de São Paulo, de ambos os sexos, com faixa etária de 18 a 24 anos. Para a coleta dos dados foi utilizado um instrumento contendo um formulário de Informações Sociodemográficas, o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT), o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) e The World Health Organization Quality of life (WHOQOL breve). Mediante as análises, identificou-se que a maioria dos alunos entrevistados pratica o BPE (52,6%), com média de idade de 21 anos, (56,4%) do sexo masculino, (55,3%) são solteiros, (56,8%) indicaram ter renda mensal de até um salário mínimo. Com relação às áreas de conhecimento (55,1%) dos alunos da área ciências exatas indicou praticar o BPE. Estudantes que praticam o BPE apresentaram qualidade de vida mais prejudicadas nos domínios físicos, psicológico e meio ambiente e com relação aos índices de depressão, alunos que praticam o beber pesado episódico tem 1,41 vezes mais chances de apresentar depressão quando comparados com os alunos que não tem o mesmo comportamento. Sendo assim, concluímos que o consumo de álcool e a prática do BPE estão cada vez mais presentes na vida dos estudantes universitários interferindo diretamente nos hábitos de vida e contribuindo para diversos agravos na saúde e qualidade de vida desse público. O entendimento desse comportamento contribui para novos instrumentos e politicas públicas de orientação e conscientização desses jovens por parte dos poderes públicos, gestores educacionais e sociedade em geral, no intuito de minimizar o consumo do álcool e os riscos e prejuízos atrelados ao BPE. |