Relações entre memória episódica, sintomas depressivos e pensamento negativo repetitivo (PNR) em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fraga, Valéria Figueiredo
Orientador(a): Zibetti, Murilo Ricardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13484
Resumo: O envelhecimento populacional é um tema essencial atualmente, tendo em vista as grandes mudanças no perfil da população mundial. Além disso, os transtornos depressivos e as queixas de memória são comuns nessa faixa etária. A manifestação dos quadros depressivos em idosos é mais heterogênea e menos estereotipada do que na população jovem, e isso pode tornar mais difícil sua sistematização para os profissionais que atendem estes pacientes. Uma nova ênfase em psicopatologia são os fatores transdiagnósticos, particularmente o pensamento negativo repetitivo (PNR). Sendo assim, o objetivo dessa dissertação foi avaliar as relações entre os sintomas depressivos e o desempenho dos idosos nos testes de memória episódica, bem como, avaliar as associações entre as queixas cognitivas subjetivas, os sintomas depressivos autorrelatados, o pensamento negativo repetitivo e o desempenho efetivo em tarefas de memória episódica. Para atingir o objetivo da dissertação, foram realizados dois estudos. Ambos os estudos são transversais e quantitativos. Os dados foram coletados de maneira individual e presencial através dos instrumentos padronizados e foram analisados através do programa estatístico SPSS versão 25, sendo que a amostra utilizada no estudo I foi constituída de idosos (acima de 60 anos) do Rio Grande do Sul e no estudo II foi constituída de adultos acima de 50 anos e idosos (acima de 60 anos) do Rio Grande do Sul e de São Paulo. Quanto a cada um dos estudos, no primeiro estudo foram utilizados o Exame Cognitivo de Addenbrooke, a Escala de Depressão Geriátrica, o Teste de Recordação Seletiva Livre e Guiada com Evocação Imediata, o Teste dos Dígitos da Escala WAIS-III, a Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção e o Teste de Fluência Verbal com critério ortográfico. Os resultados demonstraram que a depressão tem correlação de fraca a moderada e negativa com a evocação livre da memória, a atenção e a fluência verbal. No segundo estudo foram utilizados o Questionário de Pensamento Perseverativo, a Escala de Depressão Geriátrica, o Teste de Recordação Seletiva Livre e Guiada com Evocação Imediata e o Instrumento de Função Cognitiva. Os resultados da regressão evidenciam que o Pensamento Negativo Repetitivo tem um efeito direto sobre a depressão, que por sua vez está associada a uma percepção aumentada do declínio cognitivo. Sugere-se um possível mecanismo pelo qual o Pensamento Negativo Repetitivo pode influenciar negativamente sintomas depressivos e alimentando uma percepção de deterioração cognitiva.