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Avaliação funcional e estrutural da retina e coroide pela tomografia de coerência óptica em diabéticos com ou sem acometimento renal em tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carricondo, Maria Fernanda Abalem de Sá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-10032021-191927/
Resumo: INTRODUÇÃO: Existe controvérsia em relação à espessura da coroide em pacientes com Diabetes mellitus (DM). Neste estudo, comparou-se a espessura de coroide em pacientes sem diabetes (controle) e diabéticos com e sem presença de retinopatia diabética (RD) em seus diferentes estágios. Avaliou-se também a correlação da espessura da coroide com variáveis sistêmicas e oculares. MÉTODO: Este estudo transversal incluiu pacientes com e sem diabetes do ambulatório de Oftalmologia. Mediu-se a espessura da coroide por meio da tomografia de coerência óptica de domínio espectral (SD-OCT), e foram avaliadas as variáveis sistêmicas como: medida da hemoglobina glicada (HbA1c), glicemia plasmática de jejum (GPJ), glicemia plasmática capilar (GPC), taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), índice de massa corpórea (IMC) e pressão arterial média (PAM). Também foram avaliadas as variáveis oculares como: acuidade visual corrigida (AVCC) e espessura macular pela SD-OCT. RESULTADOS: O estudo incluiu 275 pacientes (275 olhos), dos quais 42 (15,27%) apresentaram-se com diabetes e sem RD, 43 (15,63 %), com RD leve, 46 (16,72 %), com RD moderada, 39 (14,18 %), com RD grave, 24 (8,72 %), com RD proliferativa, 40 (14,54 %), RD proliferativa status pós-panfotocoagulação, e 41 (14,90 %) indivíduos sem diabetes. A coorte diabética consistiu em 234 participantes, dos quais 50,0% eram homens e 85,9% tinham DM tipo 2. Em média, esses pacientes tinham 59,6 (± 13,0) anos e tinham diabetes há 15,9 (±8,68) anos. O grupo controle apresentou a coroide mais espessa (327,09 µm ± 48,77) comparado ao grupo de pacientes diabéticos (280,47 µm ± 83,40) com significância estatística (p < 0,001). Houve uma redução progressiva da média da espessura da coroide entre os grupos. O grupo sem RD apresentou a espessura da coroide maior (306,97 µm ± 77,84), seguido do grupo RDNP leve (301,83 µm ± 91,33), grupo RDNP moderada (300,36 µm ± 70,36), grupo RDNP grave (283,20 µm ± 86,80), RDP (250,08 µm ± 58,75) e RD pós laser (222,40 µm ± 73,15), com significância estatística (p < 0,001). As variáveis idade, tempo de duração do DM, estágio da RD, TFGe, IMC, GPC e AVCC foram as únicas que apresentaram uma correlação estatisticamente significativa (P < 0,001). Após o ajuste para a idade, apenas a GPC foi a variável que apresentou correlação estatisticamente significante (p < 0,001). Em subanálise entre os grupos de pacientes com DM, a influência da GPC sobre a espessura da coroide manteve-se estatisticamente significativa (p < 0,001) apenas nos pacientes diabéticos sem RD, RDNP leve, RDNP moderada.CONCLUSÃO: A espessura da coroide reduz à medida que a RD progride e sofre influência da GPC no momento do exame em pacientes com sem RD, RDNP leve, RDNP moderada. A espessura da coroide deve, portanto, ser ajustada, de acordo com esta variável em pacientes diabéticos