Avaliação da retina de cães diabéticos pela retinografia e tomografia de coerência óptica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sa, Michelle Barboza Pereira Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-28012016-154757/
Resumo: Diabete melito é umas das principais endocrinopatias, caracterizada pela deficiência relativa ou absoluta de insulina, que pode resultar em diversas manifestações oculares, sendo as mais frequentes a retinopatia diabética e a catarata. Retinopatia diabética (RD) é uma microangiopatia que afeta primeiramente as arteríolas pré-capilares, capilares, vênulas pós-capilares e vasos de maior calibre, causando incompetência funcional e anatômica dos vasos retinianos. A hiperglicemia pode ser a causa mais provável da lesão retiniana, interferindo nas vias de metabolismo celular e no processo de transdução. Os achados fundoscópicos incluem: microaneurismas, dilatação e tortuosidade das vênulas retinianas, hiper-refletividade da área tapetal e exsudatos coriorretinianos. Como a catarata impossibilita a fundoscopia, a prevalência da retinopatia diabética nos cães não esta totalmente esclarecida, sugerindo que esta seja na forma não proliferativa. Objetivou-se neste estudo, determinar a prevalência das alterações fundoscópicas relacionadas à retinopatia diabética em cães, com auxílio de documentação fotográfica (retinografia) e tomografia de coerência óptica (OCT). Vinte e dois cães diabéticos, 18 fêmeas e quatro machos, com idade variando de seis a 15 anos, provenientes do Serviço de Oftalmologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, foram submetidos a acompanhamento por meio da retinografia durante o período de 12 meses. Para realização do exame de OCT foram selecionados oito cães dos 22 animais avaliados, quatro fêmeas e quatro machos, com idades variando de seis a 15 anos para compor o grupo diabete melito (GDM), e nove cães sendo cinco fêmeas e quatro machos, com idades entre quatro e 15 anos, sem quaisquer alterações oculares e não diabéticos formaram o grupo controle (GCO). Os cães diabéticos acompanhados durante 12 meses apresentaram alteração vascular, microaneurismas e hemorragias, e alterações na coloração e refletividade da área tapetal. Sendo que dois cães, dos 22 animais avaliados, apresentaram hemorragia em mancha no último período de avaliação, e um cão apresentou focos hemorrágicos durante todo o período de avaliação. A espessura e arquitetura retiniana realizada pela OCT nos cães diabéticos, demonstrou afinamento das camadas da retina e perda da estratificação em comparação com os animais controle (198 µm versus 219 µm, respectivamente), sendo esta redução estatisticamente significante. Com os achados retinográficos deste estudo podemos confirmar que as lesões são compatíveis com a RD não proliferativa sem comprometimento visual, e baseado nas imagens da OCT pode-se sugerir que a diabete melito, no cão, cause neuropatia retiniana como descrito em humanos diabéticos