Ensaiar a escrita, escrever a vida. A produção crítica e ficcional de Sylvia Molloy

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Mariana Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-02122019-164903/
Resumo: Este trabalho se propõe a analisar de que modo a escritora argentina Sylvia Molloy desenvolve em sua escrita um diálogo profundo entre seus textos de criação memorialísticos, autobiográficos e/ou ficcionais e o ensaio crítico, buscando identificar como se dá o trânsito entre esses gêneros e de que forma a corrosão de seus limites conforma uma poética particular e uma concepção de literatura. Partimos da análise de textos como Acto de presencia. La escritura autobiográfica en Hispanoamérica (1996), livro de ensaios críticos, Varia imaginación (2003), seu primeiro livro assumidamente autobiográfico, e En breve cárcel (1981), seu primeiro romance, nos quais investigamos como a escritora desenvolve sua compreensão sobre a escrita autobiográfica e a elaboração do eu no relato. Veremos, nestes textos, que a memória não apenas é objeto de reflexão crítica para a escritora, como é também substância para a fabulação, matéria com a qual brinca e experimenta em seus textos. Considerando aspectos relevantes da vida da escritora que são recorrentemente por ela abordados como o multilinguismo, a desterritorialização da língua e a condição de estrangeiro , analisamos também textos críticos como Argentinos en el espejo: una reflexión sobre Borges (1999b), A modo de introducción. Back home: un posible comienzo (2006), Afterword: The Buenos Aires Affair (2007) e Literatura, una patria sin fronteras (2013), em relação com textos de criação como Vivir entre lenguas (2015a) e El París de Molloy, entre outros que julgamos relevantes. Identificamos, nestas análises, que sua escrita se forja a partir de um entrelugar provisório, precário, instável a partir do qual, com insistência, ela pergunta sobre si e, ao mesmo tempo, indaga sobre o outro.