“Meu ato criminoso é realizar filmes”: a construção do narrador na trilogia do luto, de Cristiano Burlan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Luís Fellipe dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19639
Resumo: A tese desta dissertação se consolida a partir da ideia de ensaio no campo cinematográfico. O gênero ensaístico surge literatura, tendo sido elaborado por Michel de Montaigne (1533 – 1592) e, no cinema, as obras que se constroem a partir da estética ensaística são marcadas pela subjetividade e reflexividade, com a presença de um narrador que se difere do narrador de documentários expositivos clássicos. Os elementos que se observam, por exemplo, são o uso da voz off e produção em primeira pessoa. Este trabalho é uma proposta de estudo sobre a construção de um narrador próximo do real e levanta a hipótese de que esse narrador estaria próximo do narrador de Walter Benjamin (1996). O objetivo dessa pesquisa é compreender esse narrador, que é influenciado pelas características ensaísticas e que aparece no cinema documentário contemporâneo. Para isso, escolhemos analisar os processos e características da linguagem ensaística no filme documentário em três obras audiovisuais: Construção (2006), Mataram meu irmão (2013) e Elegia de um crime (2018), do realizador paulista Cristiano Burlan, que constituem uma Trilogia do Luto.