Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Carolina Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-18042018-141755/
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Resumo: |
Este trabalho propõe-se a investigar, identificar e analisar as práticas do regente-arranjador desde a concepção do arranjo até sua performance, passando pela escolha do repertório, procedimentos e técnicas de escrita, ensaios. Objetiva ainda averiguar o quanto o regente-arranjador participa ou influencia na circulação do repertório coral brasileiro. Para isso, adotamos uma metodologia mista e pesquisa empírica. Divide-se em dois capítulos, no primeiro, pesquisando sobre a circulação do repertório, traçou-se um panorama cultural dos séculos XX e XXI, fez-se uma revisão bibliográfica de dez trabalhos que abordam em suas temáticas a produção de arranjos, entre eles Fernandes (2003), Souza (2003), Pereira (2006) e Moura (2012), discutiu-se o termo \"popular\" e o conceito de \"arranjo coral\" neste contexto e ainda analisou-se programas de concerto de encontros corais (1984-1994). No segundo capítulo, buscou-se definir o perfil do regente-arranjador, utilizando o método prosopográfico (STONE, 2011; e PAZ, 2014). Foram ainda realizadas entrevistas semiestruturadas e abertas com os regentes-arranjadores Eduardo Fernandes, Marcelo Recski e Roberto Rodrigues a fim de obter informações mais detalhadas e completas, tais entrevistas foram a única forma de chegar a esclarecimentos sobre as questões práticas sobre composição e interpretação de arranjos, além de questões específicas de determinados arranjos, que as outras metodologias não eram capazes de abarcar. Ao tratar diretamente das práticas do regente-arranjador, analisou-se: o repertório como fator de identidade de grupo; os processos de hibridação nos arranjos (CANCLINI, 2003; e BURKE, 2003); adaptações de arranjos; e regras e estratégias de escrita, leitura e interpretação de arranjos corais com base no conceito de comunidade interpretativa (OLIVEIRA, 2002). Como resultado, constatou-se que há um predomínio de arranjos em relação às composições nos programas analisados e que o regente-arranjador é o principal produtor destes arranjos. Baseado na noção de comunidade interpretativa, conclui-se que as partituras de arranjos corais são geralmente partituras abertas, sujeitas a alguns acréscimos, supressões ou transformações. A partir das entrevistas, foi possível identificar práticas de leitura e de uso compartilhadas pelos regentes corais brasileiros responsáveis pela circulação de arranjos, referentes a dinâmicas, andamentos, respirações, cifras, ritmos, entre outras. |