Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Porto, Cesar Henrique de Queiroz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-27022013-101905/
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Resumo: |
Esta tese consiste em um estudo das representações do islã, de árabes e muçulmanos veiculadas pela telenovela O Clone. Seu objetivo principal é verificar como a novela levou a cultura islâmica para a televisão na conjuntura do imediato pós 11 de setembro de 2001. Utilizando como fonte principal o discurso presente na telenovela, concluímos que O Clone funcionou como um instrumento didático para as audiências, oferecendo informações da cultura e religião islâmica em um momento em que essa tradição cultural era bastante estigmatizada. A novela, apesar de reiterar algumas caricaturas e de generalizações decorrentes acima de tudo de sua natureza folhetinesca-melodramática, ofereceu representações positivas oportunizando uma leitura mais humanizada do Outro muçulmano. Concluímos também que O Clone levou para a televisão elementos que estão presentes no contexto contemporâneo e que impregna as relações do Oriente islâmico com o mundo moderno e o Ocidente. Identificamos que a telenovela também ofereceu um retrato dos dilemas que atravessam a contemporaneidade islâmica. Por fim, percebemos também que o folhetim eletrônico de Glória Perez se utilizou do recurso intertextual ao levar representações, ideias e imagens já estabelecidas na tradição literária orientalista derivada das Mil e Uma Noites e suas adaptações e reelaborações. Através do primado da orientalidade, um acervo de imagens canônicas sobre o Oriente, possibilitou uma rápida identificação do público com um antigo imaginário, já estabelecido e bastante familiar para uma população que assiste TV. |