Obesidade na América Latina: magnitude, tendências e trajetória das políticas públicas de prevenção e controle. Estudos de caso de Brasil e Chile

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Motta, Maura Dinorah da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6140/tde-06032024-131902/
Resumo: A obesidade tornou-se uma pandemia global ao se alastrar de forma exponencial ao final do século XX, atingindo principalmente países em desenvolvimento que apresentaram uma acelerada transição epidemiológica e nutricional, como o Brasil e o Chile. Dada a gravidade da situação, urgem iniciativas como a criação e implementação de políticas, estratégias e ações governamentais nacionais incisivas para conter um dos maiores problemas de saúde da atualidade. O objetivo geral deste estudo foi analisar a evolução da obesidade na América Latina entre 1997 e 2019, com enfoque na sua prevalência e na trajetória das políticas públicas de prevenção e controle no Brasil e no Chile. Foram descritos e analisados o perfil histórico, os caminhos e a evolução das políticas públicas de alimentação e nutrição. Ademais, foram apresentados e contextualizados as características e perfis obesogênicos daqueles países por meio de dados estatísticos oficiais. Metodologicamente, o estudo compreendeu como estratégias a revisão bibliográfica; a pesquisa e análise documental e a análise de dados secundários. Resultados: A análise das políticas de prevenção e controle da obesidade mostram perfis diversos no rumo à contenção da doença. O Brasil apresenta descontinuidade e inconsistência nas ações de combate à obesidade. Chile segue com políticas públicas ao longo dos anos e limita a ação do mercado de alimentos com leis incisivas e inovadoras. Apesar dos avanços, as políticas públicas brasileiras aparentam fragilidade porque carecem da implementação de medidas regulatórias e fiscais sobretudo em relação às indústrias alimentícias. Isso torna o controle da obesidade e doenças crônicas relacionadas menos combativo do que no Chile, que tem suas práticas estabelecidas como políticas de Estado, com resultados mensuráveis no curto prazo. As políticas chilenas ainda não apresentam resultados observáveis em níveis populacionais na redução das prevalências de obesidade. No entanto, os primeiros resultados já apresentam tendência de estabilização.