Prevalência de tabagismo e seu impacto na voz da população do campus de Bauru da Universidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Morais, Gianne Cerqueira Leite Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01112012-213819/
Resumo: O combate à epidemia do tabagismo é prioridade estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. Objetivou-se estabelecer a prevalência do tabagismo e seu efeito na voz dos servidores e alunos do campus de Bauru da Universidade de São Paulo. Através da aplicação de um questionário autoexplicativo foram avaliadas as características sociodemográficas, saúde geral, voz, e comportamento em relação ao tabagismo. Avaliou-se a prevalência do hábito, o grau de dependência à nicotina (Teste de Fagerstrom) e a motivação para interrupção do hábito (Teste de Richmond). Os resultados foram analisados no programa Statistica for Windows versão 5.1. Foram aplicados os testes qui-quadrado e correlação de Spearman entre grupos, com nível de significância de 5%. O índice de resposta obtido foi de 62,8%, ou seja, 628 respondentes. A maioria dos entrevistados era do sexo feminino (74,5%), com idade entre 18 e 29 anos (46,2%) e com grau de instrução até o ensino médio (57,8%). Com relação ao hábito de fumar 10,5% eram fumantes e 10,5% ex-fumantes. O percentual de alunos fumantes (4,1%) foi significativamente menor comparado aos valores observados para funcionários (p<0,001). A prevalência de fumantes foi significativamente maior entre os entrevistados do sexo masculino (p=0,003), com menor nível de instrução (p<0,001) e na faixa etária com mais de 50 anos (p<0,001). Houve correlação estatisticamente significante entre o grau de dependência à nicotina e o nível de instrução (p< 0,001). No entanto, a motivação para interromper o hábito não mostrou correlação com o nível de instrução (p=0,344). Os fumantes apresentaram sintomas e sensações vocais e laringofaríngeas com frequência significativamente maior do que os não fumantes, incluindo: tosse seca (p<0,001) e com catarro (p<0,001), pigarro (p<0,001), secreção na garganta (p=0,006), garganta seca (p=0,010), rouquidão (p=0,001) e voz grossa (p<0,001). O percentual de satisfação com a própria voz foi 93% em ambos os grupos. Com relação aos cuidados com a voz, 54,3% da amostra havia recebido orientações prévias sobre o assunto. Os dados disponibilizados demonstram a necessidade de estratégias locais adequadas para prevenção e cessação do tabagismo no campus de Bauru.