Prevalência de tabagismo e os efeitos nos desfechos do tratamento de pacientes com tuberculose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vargas, Kellyn Rocha de
Orientador(a): Silva, Denise Rossato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236444
Resumo: Introdução: Estima-se que em todo o mundo mais de 20% dos casos de tuberculose (TB) são atribuíveis ao tabagismo. O tabagismo está associado a um aumento significativo do risco de TB latente, TB ativa, recorrência de TB e mortalidade por TB. O objetivo desse estudo é avaliar a prevalência de tabagismo e os efeitos nos desfechos do tratamento de pacientes com TB. Métodos: Estudo de coorte prospectivo. Pacientes com diagnóstico recente de TB pulmonar foram incluídos no estudo. Foi definido o status tabágico além dos conhecimentos e atitudes dos pacientes com relação ao tabagismo. Os pacientes foram acompanhados até o final do tratamento e foi registrado o desfecho do tratamento (cura, abandono, falência e óbito). Resultados: Foram incluídos no estudo 92 pacientes. A prevalência de tabagismo ativo foi de 31,5%. Os pacientes tabagistas ativos tiveram menos cura (62,1% vs 82,5%; p=0,032) e mais abandono de tratamento (31,0% vs 12,7%; p=0,035) do que os pacientes não tabagistas ativos. Em geral, os pacientes demonstraram ter bons conhecimentos sobre tabagismo e atitudes positivas contra o uso do tabaco. Conclusões: Mais de 30% dos pacientes com TB era tabagista ativo nesse estudo. Ainda, os pacientes tabagistas ativos tiveram menos cura e mais abandono de tratamento do que os pacientes não tabagistas ativos. Esses resultados podem ser úteis para o adequado planejamento de ações que tenham um impacto no controle da TB, especialmente nos desfechos do tratamento, como abordagens cognitivo-comportamentais para a cessação do tabagismo.