A relação mãe-bebê na formação da imagem corporal da criança com paralisia cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Munhoz, Claudia Nabarro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-16042012-151002/
Resumo: Este trabalho visa discutir como a relação mãe-bebê influencia a formação da imagem corporal em crianças com paralisia cerebral. São apresentadas inicialmente algumas ideias de Freud e Ferenczi, o fundador da Psicanálise e um de seus primeiros seguidores, para então chegar às ideias de Winnicott, também psicanalista, mas com uma visão revolucionária do desenvolvimento. São discutidas então estas três questões e sua inter-relação: a imagem corporal, a paralisia cerebral e o papel da mãe. São apresentados então conceitos winnicottianos como o holding, o handling, a personalização, o self e o papel do rosto da mãe como precursor do espelho. O objetivo é discutir esse assunto para compreender melhor as crianças com este tipo de deficiência, para que se possa trabalhar melhor com elas, com suas mães, e com aqueles que já chegam a nós adultos, mas com um sofrimento que parece ter relação com o desenvolvimento e com sua relação com o próprio corpo. Sabe-se (seguindo a linha de pensamento winnicottiana) que a relação com a mãe é essencial na própria capacidade de existir e viver criativamente, de habitar o próprio corpo, de todas as pessoas. Nas crianças com paralisia cerebral, há este outro aspecto (as sequelas trazidas pela PC) que influencia a relação mãe-bebê, tornando o processo de crescimento, da relação com o próprio corpo, mais complexa. No entanto, isso não significa que a criança não pode desenvolver-se a alcançar este viver criativo e a formação de uma imagem corporal que permitam uma boa relação com o mundo. Felizmente, a criança com paralisia cerebral pode encontrar este sentido e viver criativamente e feliz, desde que sua mãe seja capaz de fornecer o ambiente de que esta criança precisa, apesar da e com a paralisia cerebral. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica, em fontes de pesquisa como BVS-PSI, que direciona para o Scielo, o Lilacs e o Pubmed, dentre trabalhos publicados nos últimos dez anos. Não foi encontrado nenhum trabalho que relacionasse a paralisia cerebral, a imagem corporal e a relação mãe-bebê, como proposto neste trabalho, o que confirmou a relevância da presente dissertação