As operações de paz como instrumento de política externa: motivações da participação brasileira na ONUMOZ e UNAVEM III

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Kaiutan Venerando Ruiz da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-18082020-171629/
Resumo: A presente dissertação de mestrado busca analisar quais foram as motivações que levam a política externa brasileira a selecionar a participação nas operações de paz em Moçambique (ONUMOZ) e Angola (UNAVEM III) como instrumento na consecução de seus objetivos de política externa. Após uma revisão bibliográfica acerca das motivações que levam os Estados a contribuírem para operações de paz, chegou-se à conclusão de que cada contribuição é um caso único, situado em um contexto interno e externo específico. Por esse motivo, na busca por se compreender quais eram objetivos de política externa conectados à contribuição na ONUMOZ e UNAVEM III, esse trabalho trouxe uma grande exposição do que foi a política externa durante o governo Itamar Franco, período no qual ambas as contribuições foram aprovadas, além de uma análise da política externa do governo Collor de Mello ao qual aquele se contrapôs. Por fim, fez-se uma análise das duas principais áreas de interesse brasileiro cujas contribuições seriam úteis: a demanda pelo assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e a garantia de acesso privilegiado em questões político-econômicas em Angola e Moçambique. A conclusão a que se chega é que o ambiente internacional de expansão das missões de paz, reforma do conselho e retraimento da participação dos Contribuintes Tradicionais favorecia o uso das operações de paz enquanto instrumento na busca pelo assento permanente no Conselho de Segurança. Na relação bilateral, entende-se que o fato das decisões econômicas em Angola e Moçambique terem um forte viés político explica a necessidade de uma participação inequívoca do Brasil nos respectivos processos de paz através da participação nas operações aqui analisadas.