Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Marquart, Rosa Walda Abreu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-05112009-164232/
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Resumo: |
Em O fiel e a pedra, Osman Lins compõe seu romance sob a égide do romance regionalista brasileiro produzido por volta de 1930: latifúndio, exploração de classes, jagunços e coronéis e outros males. Todavia, mesmo ficcionalizando esses fatos sociais, o autor pernambucano se distancia de uma possível rotulagem normativa inconteste ao aliar seu romance às epopéias clássicas, bem como à poética sacro-hebraica e também às cantigas populares nacionais, encetando um grande diálogo entre seu romance e Ilíada, Odisséia, Geórgicas, Eneida, Os lusíadas, Sermão do Mandato, salmo bíblico e canções populares. Cruzam-se, desse modo, diferentes vozes poéticas advindas de variados espaços e trazidas de eras díspares entre si por considerável gama de citações em epígrafe, as quais, por si só, já despertam instigantes inquirições e expõem, mesmo que subliminarmente, o ideário do autor pernambucano. O dialogismo e a polifonia pressupostos por Bakhtin acham-se contemplados nesse portentoso intercâmbio de textos que tem o mérito de, dentre outros aspectos, nos auxiliar a melhor entender o romance osmaniano de 1961. Através das citações, percebemos a incorporação de conceitos epopéicos greco-romanos de caráter e destino sendo tomados de empréstimo à trajetória do protagonista nordestino, introduzindo na personagem o perfil heróico que a notabiliza. |