Células tronco de tecido adiposo de equinos. Estudo do seu potencial para o tratamento da endometrose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mambelli, Lisley Inata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-05042012-093240/
Resumo: A aplicação terapêutica de Células Tronco (CT) em equinos é um campo emergente. Nestes animais, as CT são promissoras para o tratamento de lesões nos tendões e rupturas de ligamentos. Apesar das características e do potencial na restauração de tecidos lesionados, bem como dos efeitos parácrinos destas células, não existem dados a respeito do seu uso no tratamento de desordens sistêmicas que podem acometer os equinos, tais como a endometrose. A endometrose é uma doença progressiva e irreversível que leva a degeneração do endométrio e a formação de um tecido fibroso periglandular, sendo de grande relevância na medicina veterinária, por ser uma das maiores causas de infertilidade. Apesar dos constantes avanços na busca de um tratamento, nenhum obteve sucesso. Levando-se em consideração a importância da doença, o objetivo deste projeto foi utilizar CT, previamente isoladas e caracterizadas pelo nosso grupo, no tratamento da endometrose, visando diminuir o processo inflamatório e a formação do tecido fibroso periglandular. Seis éguas com endometrose foram sincronizadas. Em quatro foram infundidas CT previamente marcadas com Vybrant, e nas outras duas (controle) apenas solução fisiológica. Antes da infusão, foram coletadas biópsias uterinas e amostras para citologia. Após 7, 21 e 61 dias da infusão, foram coletadas novas biópsias e amostras citológicas. Por meio da fluorescência direta observamos a presença das CT marcadas enxertadas tanto no corpo quanto nos cornos uterinos das éguas. Através de análises histológicas observamos uma significativa melhora no aspecto morfológico e na organização do tecido uterino, bem como, das glândulas endometriais, após a infusão das CT, tal resultado foi observado progressivamente ao longo dos dias. Notamos também uma diminuição no processo de fibrose do tecido periglandular. As análises de citologia demonstraram a ausência de inflamação uterina antes e após a infusão das CT. Nossos dados sugerem que existem benefícios na utilização de CT de tecido adiposo de equinos no tratamento do tecido uterino acometido pela endometrose, que clinicamente só poderão ser validados após a prenhez desses animais.