Remodelação tecidual no endométrio equino : fibras de colágenos e colagenases

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Centeno, Luiz Augusto Machado
Orientador(a): Rubin, Mara Iolanda Batistella
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220225
Resumo: A remodelação tecidual no endométrio de éguas ocorre durante a patogênese da endometrose, este processo é caracterizado pela mudança no perfil dos componentes da matriz extracelular. Esse distúrbio degenetarivo crônico cuminará com a modificação da arquitetura e funcionalidade no útero de éguas. O objetivo do presente estudo foi quantificar morfometricamente a deposição de colágeno endometrial e avaliar a expressão gênica de colágeno tipo 2 (COL-2), tipo 3 (COL-3), metaloproteinases de matriz 1 (MMP-1) e 2 (MMP-2), seu inibidor tecidual (TIMP-2) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) em biópsias uterinas de éguas com diferentes graus de fibrose. Uma amostra uterina foi obtida através de biópsia transvaginal de éguas cíclicas (n=34) entre o dia 5 e dia 10 pós-ovulação e foi seccionada em dois fragmentos. Um fragmento foi utilizado para avaliação histopatológica e o outro foi encaminhado para análise de expressão gênica. Na histologia as amostras foram classificadas e agrupadas conforme frequência e distribuição das alterações relacionadas à fibrose no endométrio em Grau I (n=12), Grau II (n=12) e Grau III (n=10). A quantificação de colágeno foi determinada através da coloração Sirius Red, onde se detectou uma variação na deposição de colágeno nos grupos Grau I (11,72 ± 1,394 %), Grau II (17,76 ± 1,296 %) e Grau III (24,15 ± 1,870 %). Nas avaliações de transcritos identificou-se maior expressão de COL-2 nas amostras de éguas Grau II comparada ao Grau I e Grau III. O COL-3 não presentou diferenças significativas quando submetidos às análises estatísticas. A MMP-1 apresentou aumento na expressão de mRNA nas amostras endometriais do Grau II vs Grau III. Maior expressão de MMP-2 foi observada nas éguas Grau III comparada a éguas Grau I e Grau II. A TIMP-2 exibiu menor expressão de mRNA no Grau III vs Grau I e Grau II. A expressão gênica do TNF-α endometrial foi significativamente maior nas fêmeas Grau II que Grau I e Grau III. Em conclusão, os resultados encontrados elucidam parte dos mecanismos envolvidos na patogênese da fibrose endometrial na égua. Nesta pesquisa ficou demonstrado que a alteração na quantificação das fibras de colágeno e na expressão de colagenases e seu inibidor tecidual estão envolvidos no processo de fibrogênese e fibrinólise endomentrial. Assim a expressão de COL-2 MMP-1, MMP-2, TIMP-2 e TNF-α pode modular a reorganização tecidual e representar importantes marcadores no diagnóstico de éguas com endometrose.