Efeito do acompanhamento telefônico na qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes nos primeiros seis meses de uso da varfarina: ensaio clínico aleatorizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Manzato, Rafaela de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-08112018-151203/
Resumo: A varfarina é um anticoagulante oral, antivitamina K, amplamente utilizado na prevenção de trombos intravasculares de diferentes etiologias. Exige um controle rigoroso e complexo em decorrência da sua interação com outros fármacos e alimentos, o que pode interferir na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) dos usuários. Intervenções educativas têm sido utilizadas para diminuir o impacto dessa terapia na QVRS. O objetivo principal deste estudo foi comparar o efeito na QVRS de duas intervenções educativas em pacientes que iniciaram o uso de varfarina pela primeira vez durante a internação, aos três e seis meses após a alta. Como objetivos secundários, comparamos a presença de sintomas de ansiedade e depressão e a adequação do valor do International Normalized Ratio (INR) na faixa terapêutica indicada, entre os grupos. Este foi um estudo experimental com designação aleatória nos dois grupos. Os pacientes do grupo intervenção (GI) receberam o programa educativo com seguimento por telefone após a alta e os do grupo controle (GC) receberam o programa educativo sem o acompanhamento telefônico. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa e foi registrado na base ClinicalTrials.gov. A pesquisa foi conduzida no Hospital Estadual de Ribeirão Preto e no Hospital Estadual de Américo Brasiliense. Foram incluídos pacientes que iniciaram o uso da varfarina, pela primeira vez, maiores de 18 anos e com telefone para contato. O programa educativo foi norteado pela teoria de Bandura e composto por informações verbais e escritas sobre o tratamento, as quais foram apresentadas durante a internação. Os participantes do GI receberam cinco contatos telefônicos para o reforço dessas informações, após a alta hospitalar. Ambos os grupos tiveram dois encontros presenciais, aos três e aos seis meses, para avaliação das variáveis desfechos: QVRS (avaliada pela versão brasileira da Duke Anticoagulation Satisfaction Scale - DASS) e sintomas de ansiedade e de depressão (avaliados pelas subescalas da Hospital Anxiety and Depression Scale - HADS). Para comparar o DASS e as escalas do HADS, realizamos teste t de Student para amostras independentes. Para compararmos os grupos ao longo do tempo, em relação à QVRS, foi realizada Análise da Variância (ANOVA) para medidas repetidas, tendo como fatores o tempo (três e seis meses), o grupo (intervenção ou controle) e uma interação de tempo por grupo. O nível de significância adotado foi de 0,05. Os grupos eram similares quanto às caracterizações sociodemográfica e clínica. A maioria dos participantes eram casados, do sexo feminino e com média de idade de 55 anos (D.P=15). As indicações mais frequentes para o início da varfarina foram trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar. Não encontramos diferenças estatisticamente significantes entre as médias de QVRS, ansiedade e depressão dos dois grupos, aos três e aos seis meses após a alta