Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Ariana Rodrigues da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04082010-131307/
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Resumo: |
Estudo descritivo, correlacional, de delineamento longitudinal, com 78 pacientes que iniciaram anticoagulante oral (ACO) entre abril de 2008 a junho de 2009 em três serviços de saúde de um município do oeste do Paraná. Os objetivos foram avaliar a adesão medicamentosa e comparar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e o estado global de saúde no início e com seis meses de tratamento. Os dados foram coletados por entrevistas individuais com instrumentos específicos para adesão farmacológica (Medida de Adesão ao Tratamento), QVRS (Medical Outomes Survey Short form - SF-36; Duke Anticoagulation Satisfaction Scale DASS), todos validados para o uso no Brasil, e o estado global de saúde (Escala Visual analógica EVA). Foram realizados testes de comparação de médias (Teste t de Student pareado e para amostras independentes), de correlação (coeficiente de correlação de Pearson) e de regressão linear múltipla. O nível de significância foi 0,05. Entre os sujeitos, 53,8% eram mulheres, com idade média de 56,8 anos, casados (71,8%), com baixa escolaridade e 48,7% não desempenhavam atividades remuneradas. As principais indicações para o uso do ACO foram fibrilação atrial (34,6%) e prótese cardíaca mecânica (26,9%) e o ACO mais usado foi a varfarina sódica (91%). Os resultados apontaram que após seis meses, apenas dois participantes foram classificados como não aderentes ao tratamento com ACO e que, no geral, houve melhora na QVRS avaliada por ambos os instrumentos. A avaliação pelo SF-36 mostrou que as diferenças entre os oito domínios foram estatisticamente significantes, exceto para saúde mental. Entretanto, as comparações das médias dos domínios do DASS foram estatisticamente significantes apenas para os domínios Impacto psicológico negativo e Impacto psicológico positivo. O estado global de saúde avaliado pela EVA apresentou valores médios que aumentaram da primeira para segunda avaliação, de 74 para 83, respectivamente, em um intervalo possível de zero a 100. Considerando como variável resposta a medida do DASS total, um modelo de regressão linear multivariada composto pelas variáveis idade, escolaridade, número de medicamentos em uso, indicação para o ACO, dosagem semanal do ACO, Saúde mental (domínio do SF-36), Vitalidade (domínio do SF-36) e intervalo terapêutico explicaram 39,3% da variância da medida da QVRS. Neste modelo, as variáveis com maiores valores de coeficiente beta () e estatisticamente significantes foram: idade (= - 0,317; p=0,017), número de medicamentos usados pelo indivíduo (= -0,353; p=0,005) e saúde mental (= -0,364; p=0,032). Um segundo modelo de regressão linear multivariada foi feito tendo como variável resposta a medida do estado global de saúde. As variáveis explanatórias foram: escolaridade, número de medicamentos em uso, Vitalidade, Saúde mental, Aspectos emocionais e intervalo terapêutico que explicaram 40,4% da variância desta medida. Os resultados obtidos podem subsidiar a prática dos profissionais da saúde na prevenção de fatores que possam afetar à adesão ao medicamento e a qualidade de vida dos usuários de ACO. |