Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Daniel Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-14022012-170158/
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Resumo: |
Esta tese faz uma genealogia da concepção de homem econômico emocional, tal como ele aparece no discurso do management americano a partir dos anos de 1990. Para tanto, fez-se uma história de longa duração com a finalidade de compreender como esse sujeito de interesse que estava associado à temática das paixões nos séculos XVII e XVIII pôde se vincular à temática das emoções, surgida apenas no século XIX, advinda da psicologia física e da biologia evolucionista. Para realizar essa história, a tese foi dividida em duas partes. Na primeira, foi abordada a emergência do homo oeconomicus clássico no âmbito da governamentalidade liberal britânica dos séculos XVII e XVIII e foram diferenciadas as três formas de problematização e governo da vida emocional do sujeito de interesse: as paixões, no âmbito da vertente utilitarista-radical do liberalismo, os sentimentos morais, no âmbito da reação do conservadorismo, e as emoções, no âmbito da psicologia física e do evolucionismo. Cada uma dessas três temáticas surgiu ainda no discurso antropológico do sujeito de interesse, mas se desenvolveu em sentidos diferentes: as paixões resultaram no homo oeconomicus, os sentimentos morais, no homo socialis e as emoções, no homo psychologicus. Na segunda parte da tese, demonstra-se como essas três temáticas adentraram as ciências da administração americanas no século XX, caracterizando o controle emocional sobre o trabalho e o consumo. Ainda no discurso do management, essas temáticas se transformaram, em virtude da reação às contestações antidisciplinares da contracultura, dando origem a uma nova concepção de emoções que reúne características das três temáticas anteriores. O discurso do management e, posteriormente, o da teoria econômica neoliberal vinculou essa nova temática das emoções à noção de homem econômico, caracterizado agora pela ideia de capital humano. Constituiu-se, assim, o homem econômico emocional, formando uma distinta concepção antropológica e uma inédita coerência dos dispositivos de poder emocional. |