A diáspora palestina no Brasil - a FEPAL: trajetórias, reivindicações e desdobramentos (2000 - 2012)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Luciana Garcia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-19022018-122355/
Resumo: Este trabalho pretende investigar a diáspora palestina no Brasil, através do olhar dos integrantes\\simpatizantes da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL). A entidade, fundada em novembro de 1980, uniu e politizou a comunidade palestina do Brasil, no mesmo momento em que o Brasil acompanhava o esgotamento do regime militar. A presença de manifestações políticas pelas Diretas Já! foi a oportunidade encontrada pelos imigrantes palestinos e descendentes de difundirem a causa palestina para o público brasileiro. Mais adiante, o aumento da violência contra os refugiados palestinos no Líbano na década de 1980 foi fundamental para a formação de uma segunda entidade, a Associação Cultural Sanaúd, em 1982, criada pelos jovens da comunidade síria, libanesa e palestina a fim de se manifestarem pela causa palestina em muitos eventos promovidos em São Paulo. A efervescência política em apoio à questão da Palestina durou até meados da década de 1990, o desânimo gerado pelos Acordos de Paz de Oslo interrompeu a militância política palestina até a sua retomada em 2000, quando estourou a segunda Intifada. Foi nessa ocasião em que foram formadas novas organizações nacionalistas: o Shalom, Salam, Paz (2000), uma associação entre a comunidade judaica e palestina; o GT Árabe (2010) e o comitê Estado da Palestina Já! (2011). Foi através da observação participante nas reuniões do GT Árabe e do comitê Estado da Palestina Já! e através das entrevistas realizadas com 13 colaboradores que foi possível compreender as relações entre a FEPAL e o Hamas; o aumento da oposição às diretrizes da FEPAL em São Paulo e sobre as impressões da política externa entre o Brasil e a Palestina durante o governo Lula (2003-2010) e o início do governo Dilma Rousseff (2011-2012). O recorte para esta pesquisa começa desde o ano 2000, início da segunda Intifada e vai até a votação pelo reconhecimento do Estado da Palestina na Assembleia da ONU, em 2012. No mesmo ano que acontecia o Fórum Social Mundial Palestina Livre, na cidade de Porto Alegre-RS.