Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Marques, Viviane Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-22032024-121950/
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Resumo: |
Esse trabalho busca identificar e compreender as motivações de indivíduos que atuaram de maneira voluntária nas campanhas de Guilherme Boulos em 2020 e 2022, e como trabalharam nessas ocasiões, a partir do aplicativo WhatsApp. Esse modelo de campanha eleitoral introduz táticas e estratégias inovadoras, com a participação dos eleitores. Para buscar pistas para essas respostas, a dissertação realizou estudo de caso que utilizou: pesquisa bibliográfica e documental, coleta de dados no acervo on-line do jornal Folha de S.Paulo, observações diretas de grupos de WhatsApp e entrevistas semiestruturadas com vinte e um participantes das campanhas de Guilherme Boulos em 2020 e 2022. Foram obtidos dados de 17 ativistas voluntários e quatro coordenadores contratados pelo partido do candidato, o PSOL. Observou-se que os apoiadores voluntários são altamente qualificados e menos jovens do que se poderia esperar. Uma grande parcela é formada por profissionais da área da comunicação. Embora 52,9% dos ativistas tenham declarado filiação ao PSOL, em alguns casos os ingressos aconteceram após as eleições de 2020, sugerindo que a campanha favoreceu essa filiação, outra parte dos ativistas (47,8%) não milita em partido político, justificando que prefere manter a liberdade para escolher seus candidatos. A maioria disse que não milita no movimento, MTST, ao qual Boulos é vinculado. O anonimato é uma característica observada nesse tipo de ativista político, bem como a alta dedicação deles às campanhas, pelo total de horas de militância e produção dos conteúdos para as redes sociais do chamado Gabinete do Amor: em média de 4 a 12 horas por dia. Verifica-se, assim, que esses indivíduos possuam várias características do chamado cidadão marqueteiro, indivíduos que as campanhas que utilizam fortemente recursos digitais procuram mobilizar. Aspectos como a visibilidade midiática de Boulos, o ativismo político dos apoiadores e o contexto da pandemia de Covid-19 são algumas das razões que os motivaram a participar em 2020 e 2022. Os resultados também indicam as percepções sobre os aprendizados facultados, até aqui, por esse modelo de campanha digital, ajudando a explorar um campo contemporâneo de relevo na comunicação política, relacionado à análise das estratégias de campanha eleitoral a partir da fala dos próprios atores. |