As obras escolares do Plano de Ação do Governo do Estado (PAGE): a educação em novas formas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Angélica Irene da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-16032015-100751/
Resumo: A tese em questão se propõe a analisar e debater as obras escolares pertencentes ao Plano de Ação do Governo do Estado (PAGE) da gestão Carvalho Pinto que consistiu em, resumidamente, um plano desenvolvimentista com ações coordenadas para todas as secretarias do Estado que visava conciliar o desenvolvimento industrial com o interior agrário através da construção de equipamentos públicos e a implantação de infraestrutura em todo o Estado de São Paulo. Conjunto de obras tais que deixaram sua marca na arquitetura nacional pela busca de novas linguagens que atendessem às inquietações sociais e dimensões políticas que informavam a produção de seus autores. Entretanto, no que diz respeito ao viés dos edifícios escolares, a importância dessas construções se torna algo muito maior. Ao longo do estudo e análise da história da implantação desse tipo de edifício no país, percebe-se que seus projetos sempre foram guiados por alguma espécie de norma, ideologia ou discussão pedagógica acerca do espaço que a escola deveria possuir. Podem ser citadas, como exemplo, as pesquisas educacionais e sanitárias que guiaram as construções escolares do início da era republicana ou ainda as proposições de Anísio Teixeira e sua Escola Nova que marcaram as discussões pedagógicas na implantação do Convênio Escolar na década de 1940. No Plano de Ação, no entanto, como mostra esta tese, não houve exatamente uma base educacional na qual se apoiaram os arquitetos. O que parece ter ocorrido foi, do ponto de vista desses profissionais (ou pelo menos uma parcela significativa), uma concepção que vinculava a experiência que um edifício moderno propiciava, ou deveria propiciar, a um espaço ideal da educação. Isso, alimentados pelo ideário moderno, que assentava no edifício um caráter pedagógico em si mesmo. Desta forma, esses arquitetos terminam por ignorar pedagogias pré-estabelecidas, em prol de um ensinamento maior, advindo da experiência arquitetônica, responsável por ensinar aos homens noções gerais sobre sociedade e comunidade. Note-se que não há uma oposição a qualquer método de ensino, há uma noção, não formulada, de comunhão entre ensino, um bom ensino, e o projeto arquitetônico comprometido com uma visão de renovação social.