Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Lima, Camila Venanzi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-24042014-150234/
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Resumo: |
A pesquisa propõe uma reflexão acerca de alguns aspectos da arquitetura moderna brasileira que foi produzida num recorte histórico inicial de quatro anos e que conheceu uma extensão total de aproximadamente dez anos. Para isso, o trabalho enfoca, por um lado, a orientação crítico teórica dominante no período, responsável pela afirmação de uma arquitetura moderna brasileira \"hegemônica\", e seu esforço em defender uma identidade nacional baseada na geração de espaços que possibilitaram novas práticas sociais e, por outro, um dos caminhos no qual a prática mostrou uma renovação no período e que não foi devidamente avaliado na ocasião. Portanto, através da criação, pelo então governador Carlos Aberto Carvalho Pinto, de um plano de governo com ideais modernizadores, o Plano de Ação do Governo do Estado - PAGE (1959 - 1963), a pesquisa busca compreender a difusão, através de edifícios escolares, dos ideais modernos no interior do Estado de São Paulo, mais especificamente na região central, nas cidades de Araraquara, Araras, Piracicaba, Rio Claro e São Carlos, procurando examinar permanências e continuidades, e ainda, as possíveis relações estabelecidas entre esses edifícios. Bem como, conexões com obras de períodos anteriores, que servem como base para a criação do próprio repertório do Plano de Ação. Os edifícios escolares estudados se transformaram em obras paradigmáticas porque produziram, nas cidades em que foram implantados, um impacto cultural, através de suas formas modernas, e social, na medida em que novos arranjos espaciais perseguiam o ideal de acessibilidade. Desta forma, questionando o arranjo espacial e até mesmo o programa estabelecido até então, com a inserção de novas características construtivas, espaciais e tipológicas, repensavam a relação com o entorno e com o próprio usuário do ambiente escolar. Sendo a arquitetura escolar um meio de veiculação de saber, o local do saber, houve o gradual desenvolvimento na organização espacial do ambiente durante o decorrer da história do país. Tais mudanças aconteceram embasadas no interesse político de cada época, juntamente com o crescimento da demanda, ou seja, a necessidade de criação de espaços voltados ao ensino devido ao crescimento populacional. Historicamente, os edifícios buscaram o diálogo com as discussões acerca da urbanidade, do higienismo e da necessidade da educação para alcançar o progresso. A partir de uma época em que a produção dos edifícios escolares se baseava em um programa restrito e no uso de ornamentos que buscavam apenas conferir monumentalidade ao corpo da edificação, agora, nessa nova etapa de produção dos edifícios escolares, agregada a uma fase de industrialização do país, abarcou a tentativa de introduzir na construção civil no interior do Estado de São Paulo, possuidor de uma fonte baseada na economia agrária, novas tecnologias, conceitos e relações, que se somam e nos oferecem um emaranhado de questões a serem discutidas. |