Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Raymundo, Ana Carolina Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-20012015-103954/
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Resumo: |
Introdução: A hipertensão arterial tem alta prevalência, porém o controle dos níveis pressóricos é pouco satisfatório, provavelmente devido a baixa adesão ao tratamento. Assim, faz-se necessário buscar estratégias para aumentar o controle e adesão ao tratamento e modificar o estilo de vida. O Objetivo principal desse estudo foi caracterizar um grupo de hipertensos monitorados por enfermeiros dentro de um programa de gestão de doenças crônicas. Casuística e Métodos: O estudo foi realizado com 283 hipertensos em uma instituição particular na cidade de São Paulo, que praticava a gestão de doenças crônicas. Os hipertensos foram orientados por um período de 17 meses, com contatos telefônicos mensalmente e duas visitas domiciliares nos meses 9 e 17. A pressão arterial, peso e altura foram referidos nos contatos telefônicos e aferidos nas visitas domiciliares. Foram avaliados também ingestão de bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo. A adesão ao tratamento medicamentoso foi avaliada pelo teste de Morisky Green. A avaliação foi realizada em cinco momentos (a cada três meses) e nas duas visitas domiciliares. Valores de p<0,05 foram considerado significantes. Resultados: A maioria do sexo feminino (62,5%), idade 73,4 (10,9) anos. Houve mudança significativa no comportamento das seguintes variáveis(p<0,05): Etilismo (10,2% vs 3,2%); Sedentarismo (96,8% vs 71,7%); Adesão avaliada por Morisky Green (25,1% vs 85,5%); Pressão Arterial Sistólica (128,8 (11,4) vs 125,1 (11,6) mmHg); Pressão Arterial Sistólica (78,9 (7,8) vs 77,2 (8,0) mmHg). O Controle da pressão arterial se associou ao tabagismo no momento 5 do acompanhamento (p=0,02), verificou-se menor controle entre os tabagistas ( 3,7% vs 11,9%). A adesão ao tratamento medicamentoso avaliado pelo teste de Morisky Green se associou (p<0,05) a presença de insuficiência renal crônica, houve maior adesão na presença dessa comorbidade (20,6% vs 3,3%), ao uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (18,6% vs 3,3%) e uso de Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina (53,0% vs 73,3%). A segunda pergunta do teste de Morisky Green Você é desatento, de vez em quando sobre tomar o seu remédio se associou (p<0,05) ao uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina ( 21,3% vs 12,0%). A terceira pergunta do instrumento \"Deixa de tomar a medicação caso sinta-se melhor?\" se associou ao histórico de infarto do miocárdio (8,2% vs 2,0%), uso de Bloqueadores do Receptor de Angiotensina(62,6% vs 51,1%), uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (21,7% vs 8,1%) e com os tabagistas no primeiro e no terceiro momento de participação no programa respectivamente (7,1% vs 1,6%) e (10,1 vs 3,3%). A quarta pergunta do teste de Morisky Green Deixa de tomar a medicação caso sinta-se pior?\" se associou com portadores de Insuficiência Renal Crônica (22,5 % vs 8,1%), o uso de Diuréticos (93,2% vs 6,8%), uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (20,6% vs 6,8%) e etilistas no segundo, terceiro e quarto momentos de participação no programa respectivamente (8,1 vs 1,9%), (8,1% vs 1,9%) e (8,1% vs 1,9%). Houve associação estatisticamente significativa entre o uso de Bloqueadores do Receptor de Angiotensina e a ocorrência de internação hospitalar, houve maior número de internações entre aqueles em uso desta classe farmacológica (63,0% vs 48,7%). Conclusão: Os hipertensos monitorados pela enfermagem dentro do programa de doenças crônicas apresentaram ao longo do seguimento mudanças significativas na pressão arterial, nos hábitos de vida e aumento da adesão ao tratamento medicamentoso. |