Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Marcos de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-24112008-141751/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O tratamento cirúrgico das estenoses uretrais com enxertos limita-se ao emprego de materiais orgânicos, mais freqüentemente autoenxertos. O sucesso no uso de biomateriais sintéticos em diferentes áreas da medicina motivou a pesquisa desses materiais na reconstrução uretral. A informação de que o uso de prótese mamária de silicone recoberta com espuma de poliuretano revelou menor retração cicatricial que as próteses convencionais e o fato desses polímeros já serem empregados como elastômero na confecção de cateteres urinários, levou à escolha deste material para estudo. MÉTODOS: Foi realizada a ressecção de segmento dorsal da uretra anterior de 20 coelhos machos NZW. O defeito uretral foi tratado com o implante no leito uretral dorsal de uma placa não tubularizada de silicone, revestida externamente com espuma de poliuretano (Si-Pu). Como controle foi confeccionado o grupo Sham (GS) com 12 animais. Este grupo foi submetido à uretrotomia dorsal longitudinal e uretrorrafia, sem qualquer tipo de implante. As análises foram feitas com 2, 4, 8 e 24 semanas após a cirurgia. Analisaram-se alterações da circunferência da uretra e complicações cirúrgicas. Fez-se estudo histológico com coloração de Tricrômico de Mason, Hematoxilina-eosina e Picrosírirus red. Foram avaliadas: intensidade e características da resposta inflamatória, espessura da parede da uretra (edema) e concentração do colágeno na submucosa da uretra. Foi realizada análise microbiológica e pesquisa de incrustação do implante por termogravimetria. Os achados foram comparados com os dados de três coelhos que não sofreram qualquer intervenção. RESULTADOS: Não foram encontradas fístulas, estenoses, obstrução, calcificação, retração cicatricial ou deiscências. Ocorreu expulsão do implante em 1/5 dos animais após 4 semanas, em 2/5 com 8 semanas e em 3/5 com 24 semanas. Não houve redução da circunferência da uretra na comparação entre os grupos Experimental (GE) e GS, exceto para o intervalo de 8 semanas. Ocorreu infecção do sítio cirúrgico em 11 de 12 animais do GS e em 13 de 20 animais do GE. As bactéria mais comumente encontradas foram Staphylococcus DNAse negativa (9/32) e Escherichia coli (5/32). A presença de infecção por Enterobacter cloacae foi acompanhada de menor ganho de peso pelos animais (P=0,02), fato não observado na infecção com outras bactérias. A circunferência uretral foi maior (P=0,006) na vigência de infecção por Staphylococcus do que nas amostras estéreis. A histologia do GE mostrou processo inflamatório severo e substituição das fibras musculares da lâmina própria por colágeno com regressão do edema e das células inflamatórias, tardiamente. No GS ocorreu deposição tardia de colágeno e inflamação leve, porém constante. Houve re-epitelização da uretra nos dois grupos. A concentração de colágeno na área manipulada foi maior apenas na comparação entre os GE e GS com 24 semanas (P<0,001). O edema da parede uretral foi maior no GE que no GS nos intervalos de 2 semanas e de 4 semanas com P<0,001, e após 8 semanas com P<0,05. Após 24 semanas não se verificou diferença entre as espessuras da submucosa. Na análise descritiva da termogravimetria observou-se incrustação de material orgânico no implante, que não se mostrou significante estatisticamente na análise quantitativa de perda de massa. A incrustação de material inorgânico ao implante foi desprezível. CONCLUSÕES: O uso do Si-Pu leva à formação de cápsula colágena que permite a re-epitelização da uretra sem ocasionar retração local, funcionando como um biomolde, porém a expulsão do implante limita seu uso |