Implante experimental de substituto arterial de polidimetilsiloxano com reforço de tecido de poliéster em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribas, Laila Massad
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-05112013-122054/
Resumo: O presente estudo avaliou próteses vasculares de pequeno calibre feitas de polidimetilsiloxano (PDMS) com reforço de poliéster implantadas em aorta de coelhos através de fluoroscopia. Os objetivos do estudo foram: (1) analisar tubo de PDMS com reforço de poliéster implantado em aorta de coelhos como possível material para prótese vascular, (2) avaliar a patência das próteses através de fluoroscopia, (3) avaliar a condição de implante cirúrgico; (4) avaliar o comportamento macroscópico biológico do implante e (5) analisar o modelo experimental proposto. Próteses vasculares de PDMS foram implantadas na aorta infrarrenal de 64 coelhos cedidos pelo biotério da Faculdade de Medicina da Univesidade de São Paulo. Os exames de fluoroscopia foram realizados em até 150 dias após implantação cirúrgica. As próteses de PDMS foram classificadas em ocluídas e patentes, sendo essas sub-classificadas em diferentes graus de estenose. O tempo de clampeamento da aorta foi aferido durante os procedimentos cirúrgicos. De maneira amostral peças foram encaminhadas para microscopia eletrônica para verificação de endotelização das próteses. As análises estatísticas foram feitas através de teste t-Studant, teste ANOVA e Kaplan-Meier. Dos 64 animais que receberam a prótese, trinta (46,88%) apresentaram boa evolução clínica, vinte e três (35,94%) morreram e onze (17,18%) apresentaram paraplegia de membros posteriores. A patência das próteses em 30 dias foi de 87% (±6,7), em 60 dias foi de 73% (±9,3), em 90 dias foi de 57% (±11) e em 120 dias foi de 48% (±12). Cinquenta por cento (oito) das próteses patente não apresentaram nenhum grau de estenose, 35,5% (seis) apresentaram cinquenta por cento ou menos de estenose e 12,5% (dois) apresentaram estenose entre cinquenta e setenta por cento. Nenhum animal apresentou estenose maior que 70%. O tempo médio de clampeamento da aorta foi de 52 minutos. Não houve diferença significante nem na associação entre tempo de clampeamento da aorta e a evolução clínica dos animais (p=0,67) nem na associação entre o tempo de clampeamento e a patência das próteses (t=1,35; p=0,18). As peças encaminhadas para microscopia apresentaram crescimento endotelial a partir do vaso nativo em direção à prótese de PDMS. Foi possível concluir com este estudo que o PDMS demonstrou-se um material adequado para futuras pesquisas no ramo de próteses vasculares e que o uso da fluoroscopia na avaliação dessas próteses foi de fundamental importância na determinação da patência dos implantes