Expressão de hsa-miR-367 e agressividade de meduloblastoma humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Davila, Carolini Kaid
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-19052015-105630/
Resumo: O meduloblastoma é o tumor cerebral maligno mais comum em crianças de zero a quatro anos e uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil. Diversos estudos têm suportado a hipótese de que a ativação de genes tipicamente expressos em células-tronco confere características mais primitivas e agressivas a células tumorais, frequentemente associadas a prognóstico clínico desfavorável. Nesse contexto, tanto fatores proteicos quanto miRNAs poderiam estimular uma reprogramação em células cancerosas, induzindo um fenótipo semelhantes ao de células-tronco. Estudos recentes apontam o envolvimento do miR-367 na reprogramação de fibroblastos ao estado pluripotente e sua expressão aberrante foi correlacionada com prognóstico desfavorável em alguns tipos de câncer. Neste trabalho, verificou-se um possível papel funcional do miR-367 na agressividade de meduloblastoma. Células de meduloblastoma de quatro diferentes linhagens, Daoy, D283-Med, CHLA-01-Med e USP-13-Med apresentaram níveis baixos de expressão de pri-miR-367 e miR-367 maduro, em relação aos níveis encontrados em células-tronco embrionárias humanas. Uma superexpressão transiente do miR-367 em células das linhagens CHLA-01-Med e USP-13-Med resultaram em uma redução significativa dos níveis proteicos de RYR3, bem como dos transcritos preditos de ITGAV e RAB23, respectivos alvos do miR-367, envolvidos em câncer. Além disso, a superexpressão de miR-367 aumentou significativamente a proliferação celular, indicada pela cinética de crescimento in vitro e pela maior porcentagem de células presentes nas fases S+G2/M do ciclo celular. Embora a sensibilidade ao tratamento com cisplatina não tenha sido alterada após superexpressão de miR-367, a capacidade de geração de neuroesferas in vitro foi significativamente aumentada. Este último resultado é interessante do ponto de vista clínico, uma vez que a capacidade de geração de neuroesferas está significativamente correlacionada com menor sobrevida de pacientes com meduloblastoma. Portanto, esses achados sugerem uma função pró-oncogênica ao miR-367, a qual pode afetar a agressividade de meduloblastoma por meio de efeitos positivos sobre a proliferação celular e propriedades de células-tronco neurais