Os discursos sobre alfabetização em currículos oficiais do município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Francisco, Carla da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-05092022-140937/
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo analisar os processos de constituição dos discursos sobre alfabetização nos currículos oficiais produzidos pela Rede Municipal de Educação de São Paulo (RMESP) no período compreendido entre 1981 e 1992, considerando, especificamente, os primeiros anos do Ensino Fundamental e as concepções teóricas e metodológicas que fundamentaram a produção dos referidos documentos. A seguinte questão norteadora orientou as discussões: quais concepções teóricas e metodológicas sobre linguagem e o ensino da língua escrita orientaram as proposições curriculares oficiais para a alfabetização no município de São Paulo no período histórico estabelecido para a análise? Para responder a essa questão, foram analisados os enunciados sobre a alfabetização nos referidos documentos curriculares, observando-se, em momentos históricos específicos, os contextos sociais, históricos e políticos de sua produção e os processos de concorrência entre concepções teórico-metodológicas que fundamentaram as proposições pedagógico-curriculares para o ensino da escrita em suas fases iniciais. A análise dos dados se fundamentou em conceitos da Análise do Discurso de linha francesa, mais especificamente em conceitos relativos à compreensão da semântica global dos discursos analisados. Os resultados evidenciam as partilhas, apropriações, recusas e denegações de uma proposição curricular a outra, conforme os processos de concorrência entre diferentes concepções teóricas e metodológicas sobre linguagem e alfabetização e em função das condições sociais, políticas e ideológicas de produção dos documentos curriculares analisados.