A constituição do discurso construtivista em documentos oficiais de referência curricular para a alfabetização produzidos nas décadas de 1980 e 1990

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pesirani, Mariana Maíra Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-08122014-110151/
Resumo: Durante as décadas de 1980 e 1990, no Brasil, divulgaram-se os resultados da pesquisa psicogenética sobre aquisição da escrita realizada por Emília Ferreiro e colaboradores. A divulgação dos resultados dessa pesquisa impactou a educação brasileira, de forma que houve uma revisão das maneiras de se pensar o processo de alfabetização de crianças. A psicogênese da escrita, nome pelo qual o trabalho de Emília Ferreiro ficou conhecido, foi apresentada como uma revolução conceitual no campo das pesquisas sobre alfabetização, pois apontava para o fato de que aprender a ler e a escrever tratar-se-ia de uma aprendizagem conceitual, e não da aquisição de uma técnica de codificação e decodificação da escrita, como até então a alfabetização vinha sendo tratada. No estado de São Paulo, a psicogênese da escrita foi tomada como referencial teórico para a elaboração de documentos de referência curricular, fundamentando, assim, considerações em torno do ensino e da aprendizagem da Língua Portuguesa em suas fases iniciais. Dessa forma, os conceitos constituintes da psicogênese da escrita transitaram por entre o espaço das produções acadêmicas, oficiais e pedagógicas, o que nos leva a considerar que, ao transitarem por entre esses espaços, tais conceitos passaram por desdobramentos discursivos, tornando-se o que no campo das práticas pedagógicas ficou conhecido como construtivismo. Neste trabalho, procuramos investigar a constituição do construtivismo, enquanto discurso pedagógico apresentado como uma revolução conceitual para a reconfiguração dos modos como se organizavam as discussões sobre alfabetização, bem como da reconfiguração do trabalho do professor alfabetizador.