Avaliação de fatores hídricos e térmicos na produção de laranjeiras (Citrus sinensis L. Osbeck) ‘Valência’ e ‘Hamlin’

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Martins, Adriana Novais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20200111-125029/
Resumo: Foram avaliados fatores hídricos e térmicos na produção de laranjeiras, cultivares Valência e Hamlin, enxertadas sobre limão ‘Cravo’, levando em consideração diferentes combinações de fases fenológicas da cultura. Os dados meteorológicos, fenológicos e de 8 anos de produção, utilizados na parametrização dos modelos foram obtidos de pomar localizado em Matão (lat. 21° 35’ S; long. 48° 25’ W; alt. 551 m), Estado de São Paulo, Brasil. Os modelos foram validados com dados independentes de 6 anos produção do mesmo pomar de ‘Valência’ e ‘Hamlin’. No caso da cultivar Hamlin, os modelos foram também validados com dados independentes de 8 anos de produção pertencentes a pomar da Estação Experimental do Instituto Agronômico, em Pindorama (lat. 21° 13’ S; long. 48° 56’ W; alt. 560 m), com diferentes tipos de solo e produção potencial. Para estimar a produção (Y), foi utilizado o modelo de Jensen modificado, considerando a produção do ano anterior (Yaa) e a penalização da produção potencial (Yp) pelas relações entre evapotranspiração real e potencial (ER/EP), calculadas segundo balanço hídrico decendial, ajustadas com os coeficientes de sensibilidade (λ), de acordo com diferentes fases fenológicas. Considerando-se o conjunto de dados utilizados na validação, para os dois locais e cultivares, a melhor combinação fenológica resultou em uma boa correlação linear entre a produção real e a estimada. Os coeficientes de determinação (R2) e índices de concordância d, variaram de 0.81 a 0.84 e 0.81 a 0.95, respectivamente. Os valores dos índices de sensibilidade (λ) indicaram que o estádio de florescimento/início de frutificação foi o mais sensível ao estresse hídrico. Outro modelo utilizado foi uma modificação de Doorenbos & Kassan, onde a produção final é calculada como uma função aditiva da produção do ano anterior (Yaa) e das penalizações dos estresses causados por déficit hídrico, excedente hídrico e estresse térmico. Este modelo também apresentou bons resultados na validação, tanto para ‘Valência’ como para a ‘Hamlin’. Os coeficientes R2 e índice d foram equivalentes aos obtidos na validação do modelo anterior. Os valores dos coeficientes de resposta da cultura (ky) referentes aos fatores excedente hídrico e estresse térmico foram significativos na penalização da produção potencial. Os testes de validação utilizando-se dados independentes de produção de ‘Hamlin’, em Pindorama, resultaram em R2=0.92 e índice d = 0.93, estando, entretanto, em desacordo com a melhor combinação de fases fenológicas obtida na parametrização. O modelo de regressão múltipla linear foi testado para avaliar a influência da produção do ano anterior (Yaa) e do estresse hídrico (ER/EP) durante os estádios fenológicos críticos, sobre a produção final. Este modelo apresentou resultados satisfatórios para ‘Valência’, tanto na parametrização como na validação. De acordo com os resultados obtidos na validação, este modelo mostrou-se inadequado para previsão de produção para a cultivar Hamlin, independente do local de produção, evidenciando a limitação desse tipo de modelo para extrapolação de resultados. As principais fontes de erros podem ser atribuídas aos valores de produção potencial, às técnicas de cultivo e ao método de estimativa da evapotranspiração.