Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1991 |
Autor(a) principal: |
Quaggio, José Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-181937/
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Resumo: |
A acidez do solo é um problema sério nos pomares com citros no Estado de São Paulo. Isto talvez seja decorrente do volume incipiente de trabalhos de pesquisa sobre esse assunto no País. Neste contexto o presente trabalho foi planejado e conduzido com os objetivos de estudar-se as respostas da Laranjeira-Valência sobre limoeiro-Cravo à calagem e ao equilíbrio de bases num Latossolo vermelho escuro, unidade Limeira, da Estação Experimental Sylvio Moreira do Instituto Agronômico. Procurou-se também estabelecer critérios baseados em análise de solo, para a recomendação adequada de calagem para citros. O delineamento experimental enpregado foi em blocos ao acaso, com duas repetições, utilizando-se o esquema fatorial 4 x 4, com quatro doses (0, 3, 6 e 9 t/ha) de calcário calcítico e essas mesmas doses de calcário dolomítico, num total de 16 tratamentos, aplicados em parcelas com quatro plantas úteis e com linhas comuns de bordadura. Mudas previamente selecionadas foram transplantadas ao campo, em Janeiro de 1983, cerca de três meses após a aplicação do calcário. Foram utilizados os resultados de análise de solo e folhas e aqueles referentes ao crescimento da planta, produção e qualidade de suco, até o ano de 1989, durante quatro safras. A resposta da laranjeira-Valência à calagem foi muito acentuada. Na análise conjunta das quatro safras, obteve-se a máxima produtividade e lucratividade quando a acidez do solo foi corrigida para valores de saturação por baes próximos a 60%. Os ganhos de produtividade foram devidos principalmente ao maior número de frutos por planta, independente do crescimento das plantas. A calagem proporcionou também aumentos nos teores sólidos solúveis e acidez no suco através do maior suprimento de Mg às plantas. Tanto a análise de solo como de folhas foram úteis para avaliar a disponibilidade de Mg; os sintomas de deficiência desse nutriente foram visíveis quando o solo possuía menos de 0,8 meq/100 cm3 de Mg ou quando os teores foliares eram inferior a 0,3%. O calcário dolomítico demonstrou ser fonte eficiente de Mg para a laranjeira. Observou-se a existência de forte antagonismo entre Ca e K na nutrição da laranjeira, de tal modo que a relação Ca/K no solo foi importante para assegurar-se bom suprimento de cálcio e alta produtividade. A calagem provocou redução na disponibilidade de alguns micronutrientes no solo. No caso do cobre isto parece ser vantajoso para se evitar a possível fitotoxicidade decorrente do acúmulo desse nutriente no solo. Verificou-se que a acidificação do solo foi muito intensa, notadamente na faixa adubada. A calagem mesmo sendo incorporada na camada arável, reduziu consideralvemente a acidez do subsolo. Verificou-se também, que a calagem aumentou a eficiência do fertilizando potássico, através da redução das perdas de K por lixiviação. |