Análise cladística da subfamília Cteninae Simon, 1897 e revisão do gênero Celaetycheus Simon, 1897 (Araneae, Ctenidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Geraldo, Daniele Polotow
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-19012011-163841/
Resumo: A monofilia da subfamília Cteninae é testada com uma análise cladística usando o método da parcimônia. O resultado da análise demonstra que a subfamília é polifilética como atualmente delimitada. A monofilia de Cteninae requer a exclusão do gênero Celaetycheus e de cinco espécies de Ctenus, C. anahitiformis, C. bulimus, C. inazensis, C. miserabilis e C. tarsalis. A subfamília é composta por Ctenus, gênero que contém a espécie-tipo da família, e pelos gêneros Africactenus, Amauropelma, Anahita, Centroctenus, Isoctenus, Ohvida, Parabatinga, Petaloctenus, Phoneutria, Thoriosa, Trogloctenus e pelo menos mais sete linhagens independentes. A subfamília Cteninae pode ser reconhecida por uma sinapomorfia não-ambígua: campo mediano do epígino protuberante. O clado Cteninae também é sustentado por cinco sinapomorfias ambíguas: êmbolo fixo por membrana, apófise média em forma de copo, condutor hialino, mais largo que longo, quatro dentes na retromargem da quelícera e quelícera com dentículos intermarginais. Apenas duas sinapomorfias descritas acima estão presentes em todas as espécies de Cteninae usadas na análise: o setor mediano do epígino protuberante e a apófise média em forma de copo. O gênero Ctenus, com maior número de espécies da família (cerca de 240), aparece como um grupo polifilético como atualmente delimitado. A monofilia de Ctenus requer a exclusão de 22 espécies usadas nesta análise. As 12 espécies que permanecem em Ctenus sensu estrito formam um clado sustentado por duas sinapomorfias nãoambíguas: campo mediano do epígino com região da abertura de copula projetada e abertura de copulação como um lobo. Alguns padrões evolutivos observados na análise são discutidos. O gênero Celaetycheus Simon é revisado e transferido para a subfamília Calocteninae com base nos resultados da análise cladística de Cteninae. A espécie-tipo, Celaetycheus flavostriatus Simon, é redescrita e oito espécies novas são descritas, todas coletadas no Estado da Bahia, Brasil: Celaetycheus sp. 1 de Uruçuca e Barro Preto; Celaetycheus sp. 2 de Mascote, Pau Brasil, Jussari e Camacan; Celaetycheus sp. 3 de Coaraci, Itagibá e Jequié; Celaetycheus sp. 4 de Prado e Itamarajú; Celaetycheus sp. 5 de Salvador, Mata de São João, Cachoeira e Cruz das Almas; Celaetycheus sp. 6 de Porto Seguro; Celaetycheus sp. 7 de Ilhéus e Uruçuca; Celaetycheus sp. 8 de Camacan. A espécie Celaetycheus modestus Bryant é transferida para o gênero Ohvida Polotow & Brescovit. Um mapa de distribuição das espécies é fornecido.