Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Gabriela Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106133/tde-12122022-114133/
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Resumo: |
A presente Dissertação de Mestrado almeja estabelecer e analisar possíveis correlações históricas entre o fim dos regimes escravocratas americanos ao longo do século XIX, com enfoque no Brasil entre o período de 1850 e 1889 e o acesso a novos estoques de energia. Destarte, objetiva-se caracterizar e analisar possíveis inter-relações entre o fim dos regimes escravocratas ao longo do século XIX e o acesso a novos estoques de energia, quais sejam as energias fósseis (naquele momento histórico, carvão mineral e petróleo, fundamentalmente). A hipótese-chave a ser testada é que o regime escravista e seu correlato volume de produção inserida no sistema capitalista, por volta de 1850, em fins da 1ª Fase da Revolução industrial, passou a obstaculizar as exigências de acumulação iniciadas na economia mundial decorrentes do advento dos combustíveis fósseis. Para tanto, o presente estudo, cuja metodologia baseia-se, essencialmente, em extensa revisão bibliográfica sistêmica, centrando-se na compreensão crítica sobre a dinâmica das relações sociais, analisa o processo de acumulação de energia pelas sociedades humanas desde a constituição das primeiras sociedades estado (como a Mesopotâmia e o Egito Antigo), de forma cronológica. Outrossim, permeando a história da energia, o presente estudo, sinergicamente, analisa a busca humana por energia livre desde tempos pré-históricos (antes, inclusive, da hegemonia do Homo Sapiens Sapiens), o estabelecimento não espontâneo de classes dominantes (e, por conseguinte, o início da expropriação, em benefício de contingente populacional minoritário, da força de trabalho da maior parte dos indivíduos de determinada sociedade), até a ampliação da escravidão em escala comercial. Com foco na chamada Era Mauá (1850-1889), em alusão às estratagemas e práticas em prol de acelerada industrialização perpetradas no Brasil pelo Barão de Mauá (1813-1889), o desenvolvimento deste trabalho permitiu investigar que o regime escravista ora em análise passou a obstaculizar as exigências de acumulação iniciadas com a estrutural transformação na economia mundial decorrentes do advento dos combustíveis fósseis. Neste contexto, investigaremos se a dependência do trabalho escravo se transformou na dependência dos combustíveis fósseis, já que esses possibilitam um retorno energético sobre o investimento muito mais elevado, em especial se considerarmos as restrições advindas do ambiente natural e do trabalho humano. |