Potencial evocado auditivo de tronco encefálico com estímulo de fala em crianças com distúrbio fonológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Goncalves, Isabela Crivellaro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-28092009-163306/
Resumo: INTRODUÇÃO: O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é um exame objetivo, que avalia a integridade da via auditiva no tronco encefálico e complementa os procedimentos audiológicos de rotina no diagnóstico de alterações auditivas. Atualmente, pesquisas têm sido desenvolvidas a fim de caracterizar os potenciais evocados auditivos obtidos com estímulos de fala, que são espectralmente e temporalmente mais complexos que o estímulo clique. OBJETIVO: caracterizar os achados dos PEATE com estímulo clique e de fala em crianças com diagnóstico de distúrbio fonológico. MÉTODOS: Foram avaliadas 36 crianças com limiares auditivos dentro da normalidade, na faixa etária de sete a 11 anos, por meio do PEATE com os estímulos clique e de fala, 18 com distúrbio fonológico (grupo estudo) e 18 em desenvolvimento típico (grupo controle). Na análise dos dados quantitativos, realizada por meio do teste T de Student, foram obtidos valores de média, mediana, desvio padrão, valor mínimo e máximo, e p-valor, quando da comparação entre os grupos. Na análise dos dados qualitativos, realizada por meio do Teste Exato de Fisher, comparou-se a ocorrência de resultados normais e alterados entre os grupos. Foram analisadas as relações entre os resultados do PEATE com estímulo de fala e o índice PCC-R (Percentage of consonants corrects Revised) no grupo estudo por meio da correlação de Pearson. RESULTADOS: No PEATE com estímulo clique, observou-se diferença estatisticamente significante entre os grupos para as latências absolutas das ondas I, III e V em ambas as orelhas, com latências maiores no grupo estudo, embora, na análise dos dados qualitativos, não tenham sido observadas diferenças entre os grupos com relação à ocorrência de resultados normais e alterados. No PEATE com estímulo de fala, verificou-se diferença estatisticamente significante entre os grupos para os valores de latência das ondas V e A. Na análise dos dados qualitativos, quando comparada a ocorrência de resultados normais e alterados entre os grupos, observou-se diferença estatisticamente significante para as latências das ondas V e A. Não foram observadas correlações significantes entre os resultados do PEATE com estímulo de fala e o índice PCC-R no grupo de crianças com distúrbio fonológico. Conclusão: Crianças com distúrbio fonológico apresentam alterações no Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico com estímulo de fala, evidenciadas pelo atraso na condução do impulso elétrico quando comparadas a crianças em desenvolvimento típico, sugerindo a existência de comprometimentos na via auditiva nesta região