Microclima e ocorrência de ramulose no algodoeiro em diferentes densidades populacionais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Monteiro, José Eduardo Boffino de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-12032003-145150/
Resumo: Com o objetivo de avaliar o microclima e a ocorrência de ramulose (Colletotrichum gossypii South. var. cephalosporioides Costa) em diferentes densidades populacionais do algodoeiro (Gossypium hirsutum L. var. latifolium Hutch.), foi conduzido um experimento com as cultivares IAC 23 e Coodetec 401, em espaçamento de 0,9 m entre linhas e com 5, 10 e 15 plantas por metro na linha de plantio, perfazendo um total de seis tratamentos, subdivididos em parcelas inoculadas e não inoculadas com o fungo. A temperatura do ar medida na altura do terço superior da cultura apresentou diferença significativa em relação à medida a 2m do solo, na estação meteorológica, mas, não significativa entre as diferentes densidades. A umidade relativa foi maior quanto maior a densidade da cultura e significativamente menor na estação meteorológica. Porém, essa diferença ocorreu na fase inicial da cultura pois, a partir de um determinado grau de desenvolvimento, as diferenças entre densidades se minimizaram. A duração do período de molhamento (DPM) ocorreu de modo análogo à umidade relativa, porém com diferenças proporcionalmente maiores entre as densidades. Aos 30 dias após emergência (DAE), a DPM foi, em média, de 9,4, 10,2 e 11,7h, respectivamente, nas densidades de 5, 10 e 15 plantas por metro. Aos 45 DAE, a DPM foi de 11,2, 12,3 e 13,6h, nas mesmas densidades, respectivamente. Houve grande diferença de intensidade de doença entre as duas cultivares mas, não houve diferenças entre as três densidades, mesmo ocorrendo diferenças significativas entre os microclimas. Atribuiu-se a isso as condições macroclimáticas amplamente favoráveis ao patógeno, no decorrer do experimento. A área sob a curva de progresso da doença (AUDPC) nas parcelas inoculadas foi, em média, de 108 unidades na cultivar IAC 23 e 238 unidades na Coodetec 401. Nas não inoculadas, a AUDPC foi de 52 e 61 unidades, respectivamente. A duração da área foliar (DAF) entre 0 e 150 DAE, nas densidades de 5, 10 e 15 plantas por metro foi, respectivamente de 351, 502 e 645 IAF.dia na cultivar IAC 23, sem diferença entre parcelas inoculadas e não inoculadas. Na cultivar Coodetec 401, a DAF foi de 276, 482 e 606 IAF.dia nas parcelas não inoculadas, com redução de 8%, 22% e 20% nas parcelas inoculadas. Praticamente não houve diferença de rendimento de algodão em caroço entre as densidades. Na cultivar IAC 23 o rendimento foi de 0,42 Kg.m -2 nas parcelas não inoculadas e de 0,36 Kg.m -2 nas inoculadas. Na cultivar Coodetec 401, o rendimento foi de 0,44 Kg.m -2 nas parcelas não inoculadas e de 0,24 Kg.m -2 nas inoculadas. Com o monitoramento microclimático foi possível identificar um período bastante favorável à ocorrência da infecção, o qual precedeu um explosivo aumento de incidência da doença, próximo aos 87 DAE, que se caracterizou por um período com temperaturas noturnas menores, que 14ºC - o que aumenta o grau de predisposição do algodoeiro às doenças - seguido de dias com elevada umidade relativa do ar e DPM.