Ocorrência da Ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides Costa) sob semeadura convencional e direta relacionada ao microclima, crescimento e desenvolvimento da cultura do algodoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Salvatierra, Daniela Kubiak de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-17072008-143547/
Resumo: Sistemas com semeadura direta sobre palhada são cada vez mais utilizados na agricultura, e a ramulose do algodoeiro, causada pelo fungo Coletotrichum gossypii var. cephalosporioides Costa, é uma das doenças mais importantes na cultura. Foram realizados durante os anos de 2004/05, 2005/06 e 2006/07 na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", USP/ESALQ, em Piracicaba, SP, experimentos com a cultura do algodoeiro (Gossypium hirsutum L. var. latifolium Hutch), conduzidos sob preparo do solo convencional com semeadura convencional do algodoeiro, e ausência de preparo do solo com semeadura do algodoeiro sobre palhada de milheto, com o objetivo de avaliar se as modificações microclimáticas causadas pela utilização da palhada de milheto em relação às variáveis temperatura e duração de período de molhamento foliar (DPM) poderiam interferir no desenvolvimento e evolução da ramulose do algodoeiro. Foi utilizado também o Índice de Favorabilidade temperatura-molhamento para a ramulose do algodoeiro, que utiliza os parâmetros temperatura e DPM no seu cálculo para explicar o desenvolvimento da doença entre os dois sistemas de semeadura. Os dados microclimáticos foram medidos por uma plataforma de aquisição de dados na região central da área experimental. Em blocos alternados entre os dois sistemas de semeadura, o patógeno foi inoculado artificialmente nas subparcelas dos blocos, e a doença foi avaliada por escala de notas (1 a 5). As médias de notas de sintomas de ramulose foram submetidas à análise estatística, através de testes não paramétricos. A fim de avaliar se a ausência de preparo poderia interferir no desenvolvimento das plantas, este também foi avaliado. Os resultados permitiram concluir que sob semeadura convencional, houve nos dois primeiros anos maiores médias de massa seca, altura de plantas, IAF, e que no terceiro ano foram constatados maior número de raízes laterais e maior número de plantas com encurvamento da raiz pivotante sob semeadura direta. O aumento da severidade da ramulose foi decorrente de interações muito particulares para cada período, onde muitas variáveis estão envolvidas, ou seja, características intrínsecas ao patógeno, à fase de desenvolvimento da planta e às condições macro e microclimáticas; O IF-tm teve uma boa relação com o aumento da severidade e diferenças na severidade da ramulose entre os dois sistemas de semeadura; Pode ocorrer maior severidade da ramulose para sistemas de produção convencionais em maior proporção do que em sistemas com utilização de palhada em períodos onde os valores de IF-tm são altos, associados à ocorrência de chuvas; Com Índices de Favorabilidade temperatura-molhamento menores que 0,500 não se observau aumento efetivo da severidade da ramulose em quaisquer sistema de semeadura, mesmo havendo outras condições favoráveis; O sistema de semeadura utilizado não influenciou na produtividade da cultura.