Alta frequência, média duração e livre exploração do membro superior parético torna eficaz a reabilitação de pacientes crônicos pós-Acidente Vascular Encefálico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Tamyris Padovani dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-06092019-152733/
Resumo: Diferentes técnicas de reabilitação são utilizadas para recuperar a função do membro superior (MS) pós-Acidente Vascular Encefálico (AVE) sem considerar os parâmetros frequência e duração do protocolo de reabilitação. O presente estudo tem como objetivo analisar os resultados de um protocolo específico com baixa frequência e duração (BFCD) e outro protocolo BFCD com adição de alta frequência, média duração e livre exploração do MS parético (BFCD+AFMD) na qualidade de vida, motricidade e funcionalidade. Participaram deste estudo 45 sujeitos hemiparéticos crônicos pós-AVE, randomizados em dois grupos de tratamento por 4 semanas consecutivas: BFCD (protocolo específico para o MS, 2 vezes por semana e duração de 40 minutos, n=22) e BFCD+AFMD (livre exploração, 5 vezes na semana e 12 horas por dia, n=23). A adição de frequência e duração foi realizada pela contensão do MS não parético. Para análise, utilizamos a National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS), a Stroke Specific Quality of Life (SS-QOL), Wolf Motor Function Test (WMFT), Fugl-Meyer Assessment (FMA), Motor Activity Log (MAL), Ashworth Scale (AS), dinamometria de preensão manual e eletromiografia de superfície (EMG). Com o teste em t de Student a homogeneidade da amostra foi analisada e uma ANOVA de duas vias comparou os grupos e as avaliações. Valores de p significativos <0,05. O WMFT quantitativo revelou a homogeneidade da amostra (t=-0,41; p=0,68). O BFCD+AFMD em relação ao BFCD apresentou redução a NIHSS (F1,335:23,33) e do WMFT quantitativo (F1,335:30,98), e aumento na SS-QOL (F1,335:22,79), no MAL quantitativo (F1,335:17,81) e qualitativo (F1,335:15,80). O BFCD aumentou a pontuação na AS em relação ao BFCD+AFMD (F1,335:6,81). A interação entre os grupos e as avaliações revelou uma diminuição no BFCD+AFMD para a NIHSS na avaliação 4 e final (F7,335:0,21) e no WMFT quantitativo nas avaliações 2, 3, seguimento 1 e 3 (F7,335:1,37), aumento na SS-QOL na avaliação 3, 4 e seguimento 1 (F7,335:0,25), aumento no MAL quantitativo nas avaliações 2 e 3 (F7,335:3,46), e no MAL qualitativo na avaliação 3 (F7,335:2,95) em relação ao BFCD. Comparações com a avaliação inicial no BFCD+AFMD revelaram diminuição no WMFT quantitativo nas avaliações 4, final, seguimento 1, 2 e 3, aumento no MAL quantitativo nas avaliações 3, 4, final e seguimento 1 e no MAL qualitativo nas avaliações 4 e seguimento 1. Sujeitos com lesão no hemisfério cerebral esquerdo (HCE) em relação aos sujeitos com lesão no hemisfério cerebral direito (HCD) no grupo BFCD mostraram aumento no MAL quantitativo nas avaliações 2, 3, 4 e final (F7,151:0,44) e no MAL qualitativo nas avaliações 2, 3 e 4 (F7,151:0,41). Sujeitos com lesão no HCD em relação aos sujeitos com lesão no HCE no BFCD+AFMD mostraram aumento da força na dinamometria na avaliação de seguimento 3 (F7,168:0,12). A adição AFMD com livre exploração do MS parético a um protocolo de BFCD com alta especificidade torna a reabilitação do MS parético eficaz