Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Morimoto, Isis Akemi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-23082002-155420/
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Resumo: |
Diante da contínua e crescente degradação das florestas e das dificuldades que a sociedade enfrenta no sentido de protegê-las e recuperá-las, este trabalho foi realizado com o intuito de contribuir para a valorização, proteção e implantação de árvores e florestas em propriedades rurais no município de Piracicaba/SP. Para tanto, efetuou-se uma pesquisa sobre a percepção que os produtores da Microbacia Tamandupá, tributária do Rio Corumbataí, possuem em relação ao elemento arbóreo e aos dispositivos de proteção ao mesmo, para que ao final, fossem propostas diretrizes para intervenções educacionais voltadas ao setor rural. Utilizando-se de contribuições conceituais e metodológicas advindas da educação, legislação e política ambiental, bem como das reflexões obtidas através de entrevistas com profissionais dessas áreas e da extensão rural, procurou-se construir um referencial teórico para analisar os dados de campo. Os resultados obtidos durante as entrevistas realizadas, foram analisados de forma qualitativa e quantitativa. Buscou-se também, realizar a estratificação dos dados, ou seja, a separação das respostas de acordo com características sócio-econômicas dos entrevistados para identificar padrões entre as mesmas. A intenção era avaliar o grau de percepção dos proprietários em relação ao elemento arbóreo e às leis, de modo a caracterizá-los de acordo com o grau de escolaridade, a idade, o tamanho das propriedades e o fato dos proprietários residirem ou não no campo. Não foi possível verificar grandes variações de respostas, que demonstrassem um pensamento comum para cada grupo, mas apontaram-se tendências que possibilitaram concluir, por exemplo, que os proprietários que residem no campo possuem maior identificação e afinidade em relação ao elemento arbóreo. Os dados obtidos contribuíram ainda, para a identificação de algumas frases bastante indicativas do pensamento, dos desejos e das opiniões dos agricultores, o que pode auxiliar na compreensão da realidade do setor e orientar trabalhos no sentido de instrumentalizar a tomada de decisões direcionadas à proteção ambiental. Conclui-se que o trato junto ao público alvo da presente pesquisa, é complexo e necessita de dedicação e continuidade. Deve-se sempre propiciar a participação dos mesmos em todas as etapas de trabalho, e observar métodos múltiplos de abordagem e intervenções. Outras formas de aproximação são também sugeridas, como por exemplo, as conversas informais, o contato via sindicato e a participação em eventos comuns aos produtores. Além disto, faz-se necessário o envolvimento de pessoas que podem influenciar na tomada de decisões (como caseiros, cônjuges, crianças, etc.). As intervenções educacionais devem contemplar procedimentos e conteúdos variados. Neste sentido, a promoção da sinergia entre educação, legislação e política, pode trazer grandes contribuições. A educação deve instigar o questionamento, o debate e as atitudes, enquanto que as leis podem representar a efetivação de acordos compactuados entre as pessoas e possibilitar o exercício da crítica, além de direcionar a criação de políticas efetivas de proteção ao meio ambiente. Sendo assim, vale ressaltar que a despeito das dificuldades existentes no processo de busca pela proteção e implementação do elemento arbóreo em propriedades rurais, existem perspectivas concretas de se reverter o quadro de degradação do ambiente que se observa na região e no mundo. |