Aprendizagem baseada em projeto ágil para educação em programação de computadores no ensino superior brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Grotta, Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100131/tde-24012019-212610/
Resumo: Para alunos de cursos superiores de Sistemas de Informação e afins, aprender a programar computadores é fundamental. No entanto, ensinar programação por meio de métodos tradicionais tem se tornado cada vez mais desafiante devido a fatores recentes, tais como transformações na maneira de aprender das novas gerações e o surgimento de novas máquinas computacionais. Neste contexto, a aprendizagem baseada em projeto possui potencial para beneficiar a educação em programação. Há especial relevância para a abordagem Ágil de projetos, por possuir destaque no mercado de trabalho e origem atrelada ao próprio desenvolvimento de softwares. Por outro lado, foram encontrados poucos estudos de relevância internacional relatando a utilização da aprendizagem baseada em projeto ágil (APjBL) no contexto do ensino superior brasileiro. O objetivo geral desta pesquisa é analisar os benefícios de um método APjBL para os alunos de programação no ensino superior brasileiro quando comparado ao método tradicional de ensino, principalmente com relação a quatro benefícios de interesse desta pesquisa: o rendimento escolar, a motivação para aprender, a comunicação verbal e a exploração vocacional dos alunos. Nesta pesquisa empírica e de natureza aplicada, foi feita a opção pelo quase-experimento em um curso superior tecnológico de Análise e Desenvolvimento de Sistemas durante o primeiro semestre de 2018. A análise foi quali-quantitativa e os critérios de comparação foram os quatro benefícios mencionados. Como intervenção educacional APjBL, foi escolhido o método Agile Model for Projects in Computing Education (AMoPCE) e adaptado ao contexto. Participaram desta pesquisa 151 alunos e cinco professores, divididos em grupos de experimento e controle. Ao final do semestre, os alunos responderam a um questionário eletrônico sobre três benefícios: motivação para aprender, comunicação verbal e exploração vocacional. Foram coletadas as notas e as frequências dos alunos, além das percepções dos professores por meio de entrevistas individuais semiestruturadas. Dados históricos das disciplinas foram coletados para ajudar a explicar os fenômenos. Conclui-se que, no contexto geral da pesquisa, para a disciplina de conteúdo predominantemente procedural (prático), AMoPCE beneficiou a motivação extrínseca, a frequência escolar e a escuta ativa na comunicação. Para a disciplina altamente procedural, AMoPCE apresentou mais dois benefícios: motivação para aprender intrínseca e exploração vocacional intrínseca. Em suma, foi verificada uma hipótese de pesquisa, AMoPCE beneficia a motivação para aprender, na disciplina altamente procedural